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Portugal acima da média mundial no apoio prestado à saúde das mulheres

A pontuação global do Global Women’s Health Index é de 54, numa escala até 100, e neste primeiro ano do estudo, nenhum país conseguiu obter mais de 69 pontos.
21 Setembro 2021, 16h44

Existem mais de 1,5 mil milhões de mulheres em todo o mundo que afirmam não terem sido testadas, ao longo do último ano, para nenhuma das doenças que mais as afetam, como o cancro, a diabetes, a pressão arterial ou as infeções sexualmente transmissíveis.

Em Portugal, e de acordo com o primeiro índice mundial da saúde das mulheres (Global Women’s Health Index) divulgado esta terça-feira, a percentagem de mulheres que realizam exames preventivos é baixa, sendo que as doenças sexualmente transmissíveis (DST) são as menos monitorizadas – 88% das mulheres a afirmam nunca ter feito um exame para este tipo de infeções nos últimos 12 meses.

Os resultados do estudo conduzido pela Hologic e desenvolvido em parceria com a Gallup, indicam ainda que o cancro é a segunda doença menos acompanhada, com 64,5% das mulheres a afirmarem nunca ter realizado qualquer tipo de exame preventivo, e, para despiste à diabetes apenas 46,2% fizeram análises.

Esta são as conclusões relativas a Portugal nesta primeira análise que representa a saúde de aproximadamente 2,5 mil milhões de mulheres e raparigas em todo o mundo e que revela que as suas necessidades de saúde não estão a ser satisfeitas.

Mas Portugal não é o único país onde as necessidades de saúde das mulheres não estão a ser satisfeitas. A pontuação global do índice é de 54, numa escala até 100, e neste primeiro ano do estudo, nenhum país conseguiu obter mais de 69 pontos. A maior parte dos países que lideram o índice são também os que mais investem nos seus sistemas de saúde, nomeadamente, o Taiwan (69 pontos), Áustria (67 pontos) e Finlândia (65 pontos), que ocupam as posições cimeiras. Portugal encontra-se na 16ª posição do índice, com 62 pontos.

No geral, em 2020 as pessoas de todo o mundo sentiram-se pior desde os últimos 15 anos. Experiências de preocupação, stress, tristeza e raiva continuaram a crescer e a estabelecer novos recordes. Cerca de quatro, em cada dez mulheres dizem que sentiram preocupação (40%) e stress (38%) ao longo do dia anterior à realização da entrevista.

Muitas mulheres inquiridas também se mostraram preocupadas em relação à sua segurança e à capacidade de satisfazer necessidades básicas como comida e abrigo.

 

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