“Portugal deve estar na pole position da transição energética”, diz Frans Timmermans

“Portugal tem todas as condições para estar na pole position da transição energética, pois tem vento, sol e mar, que são os recursos naturais mais importantes para o desenvolvimento das energias verdes”, afirmou Frans Timmermans, primeiro vice-presidente da Comissão Europeia para o European Green Deal, durante o painel “The Future of Europe is Green” da Web Summit, realizado às 15h35 desta quarta-feira.

A transição energética e as diversas agendas que vão regular este período na Europa, na Ásia, no Japão ou nos EUA – um fator muito importante é que o novo presidente dos EUA, Joe Biden, já disse que uma das primeiras coisas que pretende fazer é voltar a colocar o seu país no compromisso da Carta de Paris –, têm fatores comuns como o desenvolvimento de uma política energética sustentável, as emissões zero, a estratégia dos transportes não poluentes e a transição para os carros elétricos, elencou Frans Timmermans.

Todas as atividades económicas têm de mudar e incorporar fatores de sustentabilidade, referiu o vice-presidente da Comissão Europeia, considerando que a própria agricultura tem de adotar processos de produção com maiores níveis tecnológicos, incorporando informação sobre o que é relevante para a produção agrícola. “Tem de ser uma ciberagricultura”, defende. Mas “o mais importante neste processo de transição é que ninguém fique para trás”, adianta Timmermans.

“Portugal assume um papel muito relevante no Green Deal porque tem desenvolvido muito as áreas dos recursos renováveis, fundamentais para a transição energética, e isso acontece porque há um empenho geral da sociedade neste processo, desde os operadores privados aos organismos públicos que estão envolvidos nos projetos em curso”, adiantou.

Juntamente com a Holanda e a Alemanha, Portugal está muito interessado em avançar com os projetos do hidrogénio verde, sendo atualmente um player destacado no desenvolvimento desta tecnologia”, adiantou, referindo que “será importante o papel das infraestruturas portuárias para transportar esta nova energia renovável para os diversos mercados da União Europeia”.