Em 2017, 3,8 % dos cidadãos da União Europeia em idade ativa (20-64 anos) residiam noutro Estado-membro que não o da sua nacionalidade. Esta percentagem aumentou 2,5%. Há dez anos, esta percentagem era de 2,5%, e Portugal atinge o quarto valor mais elevado da UE com cerca de 14% revelou nesta segunda-feira, 28 de maio a Comissão Europeia.
Segundo o Eurostat, organismo estatístico de Bruxelas, a situação varia entre Estados-membros, oscilando entre 1% para os cidadãos em idade ativa da Alemanha e 19,7 % para os nacionais da Roménia. “Os diplomados do ensino superior são geralmente mais móveis do que o resto da população”, realça o Eurostat.
De acordo com as estatísticas, divulgadas nesta segunda-feira, em Portugal, no ano passado, esta percentagem foi de 13,9%: o quarto valor mais elevado da UE, ou seja, mais de 725 mil portugueses na idade ativa. Portugal surge a seguir à Roménia (19,7%), Lituânia (15%) e Croácia (14%). A seguir a Portugal, surgem Letónia e a Bulgária com, respetivamente, 12,9% e 12,5%.
Em 10 anos, Portugal registou um aumento de 2,9 pontos percentuais em comparação com a percentagem de 2007. Em 2012, esta taxa era de 11,4%. Já a Roménia registou maior aumento: 12,3 pontos percentuais em 10 anos, contra uma taxa de 7,4% , em 2007, dos cidadãos romenos em idade ativa (20-64 anos) que residiam noutro Estado-membro.
Inversamente, a percentagem de cipriotas residentes no estrangeiro diminuiu de 7,1% em 2007 para 3,9% em 2017.
Já os Estados-membros da UE com a menor quota de nacionais móveis (fora da população total do país) são Alemanha (1%), Reino Unido (1,1%), Suécia e França (ambos 1,3%).
A taxa de emprego dos cidadãos móveis da UE também é mais elevada do que a do conjunto da população: 76, %, em comparação com a taxa de emprego total da UE de 72,1%.
Dois terços dos franceses que residem noutro Estado-membro têm ensino superior
Para a maioria dos Estados-membros, regista-se uma percentagem mais elevada de nacionais em idade activa no estrangeiro com ensino superior face ao país de origem. É o caso da França (62,5% dos franceses que vivem noutro Estado-membro da UE ensino superior, em comparação com 34,6% para a população residente da França) e Alemanha (54,5% e 26,7% respectivamente), onde a diferença atinge 28 p.p.
Em seis Estados-membros, no entanto, é a população de origem que tem uma percentagem mais elevada de diplomados do ensino superior: Bulgária, Croácia, Portugal e os três países bálticos Letónia, Estónia e Lituânia.
Em Portugal, a percentagem de cidadãos em situação de mobilidade com formação a nível superior é de 16,1%, contra 23,7% da população portuguesa.
O Eurostat dá ainda conta que 32,4% dos cidadãos da UE em situação de mobilidade são formados a nível do ensino superior, enquanto a percentagem de toda a população da UE é de 30,1%.
Bruxelas recorda que a livre circulação de trabalhadores é um princípio fundamental do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. “Os cidadãos da UE têm o direito de procurar emprego noutro país da UE, trabalhar lá sem uma autorização de trabalho, viver noutro Estado-membro e ter igualdade de tratamento face aos nacionais no acesso ao emprego, nas condições de trabalho e em todos os outros aspectos sociais e fiscais”, frisa o Eurostat.
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