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Portugal está perto de recorde absoluto na constituição de empresas em 2025

A um mês do final do ano, o país fica a cerca de 2.500 constituições de atingir um novo recorde histórico na criação de empresas.
9 Dezembro 2025, 11h46

Desde início do ano até 30 de novembro foram criadas 49.512 novas empresas em Portugal, de acordo com um estudo da Informa DB. Este registo corresponde a um aumento de 3,6% (+1 700 constituições) face ao mesmo período de 2024 e é o mais elevado dos últimos 20 anos, quando comparado o período de janeiro a novembro.

Mais de metade dos setores de atividade crescem na criação de empresas, com destaque para as Atividades imobiliárias (+22%; +1 109 constituições), a Construção (+15%; +853 constituições), os Serviços empresariais (+5,4%; +434 constituições), as Tecnologias da informação e comunicação (+10%; +328 constituições), e a Agricultura e outros recursos naturais (+18%; + 259 constituições).

O setor dos Transportes (-22%; -975 constituições) continua a ser, há mais de um ano, o que regista a maior queda na criação de empresas. Igualmente com recuos na constituição de empresas estão o Retalho (-7,3%; -318 constituições), e os Serviços gerais (-1,6%; -113 constituições).

O Norte é a região com o maior número de constituições de empresas (15 533 constituições) e também com o maior aumento (+5,5%; +804 constituições) face ao período homólogo. Apesar da descida da criação de empresas de Transportes, a Grande Lisboa, segunda região em número de constituições (14 564 constituições), também cresceu face ao período homólogo (+2,1%: +300 constituições). O Algarve é a única região do país a registar uma descida, ainda que ligeira, (-0,8%; -22 constituições) face ao mesmo período de 2024, que se deve sobretudo ao recuo na criação de novas empresas de Transportes.

Encerramentos de empresas

Até final de novembro, encerraram 11 004 empresas em todo o país, mantendo este indicador em baixa face ao período homólogo.

No acumulado dos últimos 12 meses, desde dezembro de 2024 até final de novembro de 2025, encerraram 13 635 empresas em Portugal, um registo 14% abaixo dos 12 meses anteriores (-2 154 encerramentos). A análise no acumulado dos últimos 12 meses minimiza o desfasamento temporal que se verifica entre a data efetiva de dissolução da empresa e a data da respetiva publicação, procurando leituras mais fidedignas de tendências.

A descida neste período é transversal a todos os setores de atividade, destacando-se os setores do Retalho (-19%; -420 encerramentos), o Alojamento e restauração (-18%; -323 encerramentos) e os Serviços empresariais (-13%; -312 encerramentos).

Insolvências descem 2,9%

1 856 empresas iniciaram um processo de insolvência entre janeiro e final de novembro deste ano, o que corresponde a uma descida de 2,9% (-55 insolvências) face ao período homólogo. Esta descida verifica-se após 2 anos de aumentos consecutivos deste indicador.

A descida nas insolvências ocorreu apenas em três setores de atividade e foi especialmente concentrada no setor das Indústrias (-26%; -134 insolvências), nomeadamente na Indústrias de têxtil e moda (-34%; -102 insolvências), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos significativos. Ainda assim, são as Indústrias de têxtil e moda as que registam o maior número de insolvências neste período (202 insolvências jan-nov 2025), seguida das empresas de Construção de edifícios (158 insolvências jan-nov 2025). Os dois outros setores de atividade onde desceram as insolvências foram os Serviços gerais (-14%; -20 insolvências) e as Atividades imobiliárias (-14%, -8 insolvências).

Os setores com maior crescimento nas insolvências foram os Transportes (+41%; +41 insolvências) e os Serviços empresariais (+22%; +33 insolvências).


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