O défice da zona euro chegou a 7,2% do PIB em 2020, ano que registou um grande agravamento deste indicador, segundo os dados do Eurostat. Na segunda notificação do défice e dívida relativos ao ano passado, o gabinete de estatística da UE reporta ainda uma dívida pública de 97,3%, sendo que Portugal mantém a terceira dívida mais elevada da zona euro. Para a totalidade da UE, o défice foi de 6,9% e a dívida pública de 90,1%.
Os dados revelados pelo Eurostat esta quinta-feira mostram que Portugal continua como o terceiro país com uma dívida pública mais elevada, com 135,2%, um valor ultrapassado apenas pela Grécia, com 206,3%, e Itália, com 155,6%. 13 países encontram-se acima do limite de 60% do PIB, a regra orçamental definida pela UE para este indicador, mas que foi suspensa por Bruxelas no contexto da pandemia.
Além disso, o número de Estados-membros com uma dívida acima dos 100% do seu produto também cresceu, passando agora a incluir também Espanha, França, Bélgica e Chipre. Por outro lado, a Estónia regista o valor mais baixo para este indicador, com 19%.
No que respeita ao défice, Espanha lidera com 11%, seguido de Grécia e Malta, com 10,1% e 9,7%, respetivamente. Portugal, com 5,8%, fica ainda assim fora do top-10. A nota estatística do Eurostat refere ainda que apenas a Dinamarca e a Suécia, com défices de 0,2% e 2,8%, respetivamente, ficam dentro das regras orçamentais que definem um défice máximo de 3% do PIB.
Também a despesa pública cresceu consideravelmente, chegando aos 53,1% do PIB da zona euro, quando havia ficado nos 46,5% no ano anterior. Já a receita cresceu, mas menos, passando de 46,0% em 2019 para 46,3% este ano.
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