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Portugal paga 0,928% para emitir 4 mil milhões em dívida a 15 anos

O Ministério das Finanças adiantou que a procura foi de 40 mil milhões, um novo recorde que bate o máximo estabelecido na última venda sindicada, em abril, e foi mais de dez vezes superior ao montante colocado.
  • Cristina Bernardo
1 Julho 2020, 18h53

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública colocou esta quarta-feira 4 mil milhões euros numa venda de sindicada de Obrigações do Tesouro (OT) com maturidade de 15 anos, ou seja a 12 de outubro de 2035, tendo pago uma taxa de de 88 pontos base acima da curva de midswaps, o que se traduziu numa yield de 0,928%.

O Ministério das Finanças adiantou, em comunicado divulgado esta tarde, que a procura foi de 40 mil milhões, um novo recorde que bate o máximo estabelecido na última venda sindicada, em abril. Ou seja, foi mais de dez vezes superior ao montante colocado.

“Verificou-se, assim, nos últimos dois anos, e apesar da atual situação de crise provocada pela pandemia da Covid-19, uma melhoria significativa das condições de financiamento do Estado, refletindo a confiança dos mercados na retoma da economia portuguesa e no desempenho das contas públicas”, referiu o gabinete de João Leão, na mesma nota.

A 19 de junho, a agência liderada por Cristina Casalinho  informou que, na sequência da apresentação do Orçamento Suplementar por parte do Governo, quase duplicou as necessidades de financiamento para 2020. No documento com os novos valores do programa para o terceiro trimestre, o IGCP detalhou que o valor subiu para 20,3 mil milhões de euros este ano, um valor superior aos 10,7 mil milhões de euros projetados anteriormente.

Esta foi a terceira venda sindicada que ocorreu este ano, tendo com esta emissão o IGCP completado 69,1% da meta de emissão de 29,3 mil milhões de euros através de leilões e vendas sindicadas.

“A transação beneficiou da participação de mais de 380 accounts, que representaram uma procura forte e diversificada, principalmente da Europa, especialmente de França, Itália, Espanha e Reino Unido. Em relação ao tipo de investidor, gestores de fundos [48,4%], bancos [25,2%], seguros e fundos de pensões [15,7%] representaram a maioria”, refere a instituição. O relatório dá também conta de 5,5% de hedge funds.

A operação teve como joint lead managers o CaixaBI, o Credit Agricole CIB, o Deutsche Bank, o Goldman Sachs International Bank, o J.P. Morgan, e o Nomura.

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