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Portugal paga 2,325% para emitir 3 mil milhões de euros em dívida a 15 anos

Na segunda venda sindicada deste ano, o Tesouro colocou 3 mil milhões de euros em dívida com maturidade em abril de 2034. Em janeiro, o IGCP tinha vendido 4 mil milhões de euros em obrigações a 10 anos pela mesma via.
  • D.R.
11 Abril 2018, 16h55

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública colocou 3 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 15 anos,  numa venda sindicada na qual pagou uma taxa de 2,325%.

“A operação correu bem para o Estado português , mas também para os investidores que compraram com um prémio (‘desconto) face aos preços de mercado”, referiu Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

“Teoricamente, estas obrigações até deveriam subir um pouco. Se numa emissão que vence em 2037, o Estado português está a pagar uma taxa yield de 2,35%, esta emissão, que matura três anos antes, em 2034, a taxa foi de 2,325%, mas a verdade é que vai ter que ser o mercado a decidir quanto é que está disposto a pagar para ter esta dívida”, explicou.

Ainda não são conhecidos os dados da procura, mas a agência Bloomberg avançou esta quarta-feira de manhã que o order book já superava os 10 mil milhões de euros. Nestes, incluem-se 1.525 milhões de euros da parte dos seis joint lead managers da venda. O IGCP mandatou o Barclays, o Caixa Banco de Investimento, o Deutsche Bank, o HSBC, o Morgan Stanley e o SG CIB para gerir a colocação.

“Não sabemos exatamente qual foi a procura, mas sabemos que esteve muito forte”, acrescentou Filipe Silva. “Do ponto de vista do emitente, a operação foi o que país precisa: dívida com prazos longos e com taxas baixas ou,  pelo menos, pagáveis. Relativamente ao montante, o Estado emitiu o que queria emitir”.

A última venda sindicada de obrigações ocorreu em janeiro, na qual o IGCP colocou quatro mil milhões de euros a 10 anos, garantindo 20% do valor esperado em obrigações para este ano. A emissão atraiu uma procura equivalente a 17 mil milhões de euros, o que permitiu que o custo para o Estado tenha ficado ligeiramente acima de 2%. Esta quinta-feira, a taxa dessas obrigações benchmark portuguesas no mercado secundário negoceia nos 1,72%.

Desde a venda sindicada de janeiro, o IGCP já realizou quatro leilões de Obrigações do Tesouro, tendo colocado 490 milhões em papel a cinco anos, 1.735 milhões a 10 anos (via dois leilões) e 275 milhões em dívida de longo prazo, ou seja, com maturidade em 2045.

[Atualizada às 16h59]

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