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Portugal parte da quarta linha. Brasil e Alemanha favoritos

Portugal campeão mundial de futebol é um cenário extremamente difícil. Com franqueza, em 2006, já com Ronaldo e ainda Figo e Deco, as probabilidades eram, à partida, maiores.
14 Junho 2018, 07h45

Entre o quarto lugar no “ranking” FIFA (atrás de Alemanha, Brasil e Bélgica) e o oitavo para a maioria das casas de apostas, a valorização das possibilidades da seleção portuguesa no Mundial da Rússia está em linha com o discurso de Fernando Santos: candidata mas não favorita. Cruzando a estatística com o funcionamento do mercado, Portugal parte numa quarta linha.

Na “pole-position”, destacadas, até pela história, estão Brasil e Alemanha. Os brasileiros têm um grande Neymar, no auge da carreira, que nem parece regressado de uma lesão importante e um treinador realista, Tite. Nada a ver com Scolari e o romantismo da equipa que foi cilindrada em casa há quatro anos. A Alemanha não tem um chefe de banda tão claro mas dá-se ao luxo de não convocar Leroy Sané, um dos grandes nomes do Manchester City. Isso quer, mais uma vez, dizer o suficiente da homogeneidade germânica, qualificada com dez vitórias em dez jogos, na qual o treinador Joachim Löw conseguiu recuperar “in extremis” o guarda-redes Manuel Neuer. E se a Alemanha conseguiu ganhar a Taça das Confederações com as ‘reservas’, agora, por maioria de razões, também pode aspirar a igualar o Brasil em títulos: cinco.

Na quarta fila, Portugal. Com Inglaterra. Fechando o lote das oito equipas que podem ganhar sem surpresa. Tudo o que seja para além deste lote, mesmo que fosse o Uruguai, o México ou a Croácia, seria extraordinário. E a este nível não há espaço para grandes feitos não previsíveis. A Inglaterra, que desde 1966 invariavelmente desilude, tem desta vez uma equipa que não é só ‘kick and rush’. A velocidade de Dele Alli e Lingard ao serviço de gente que marca golos – Kane, Rashford, Sterling, Vardy e Welbeck – permite muitas opções. É um candidato sério, apenas desvalorizado pela realidade dos últimos 50 anos.

 

 

Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

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