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Portugal recebe hoje conferência internacional sobre nova economia do mar

A abertura oficial do evento, que se irá realizar no auditório da Fundação Champalimaud, estará a cargo da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
7 Setembro 2017, 09h00

Arranca hoje, no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, o ‘Oceans Meeting’, uma conferência internacional que tem por objetivo abordar o tema “Os Oceanos e a Saúde Humana”.

Em declarações ao Jornal Económico, Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, destaca a presença de “mais de 70 delegações internacionais de vários continentes, muito mais delegações que nas anteriores edições”.

Da Nicarágua até à Geórgia, de Kiribati a Singapura, do Togo Ao Núncio Apostólico, está prevista a presença de pares mediáticos a nível internacional, muitas vezes não pelas melhores razões, mas que desta vez tentam encontrar soluções globais para a sustentabilidade do oceano, como são os casos de Israel e Palestina, Índia e Paquistão, e Arábia Saudita e Qatar, algumas delas ao mais alto nível.

Ana Paula Vitorino sublinha que além dos encontros bilaterais e diversas iniciativas empresariais do sector na nova economia do Mar (B2B), está prevista a assinatura de uma declaração conjunta das diversas representações oficiais obrigando-se a respeitar 24 compromissos, além de uma conferência internacional na sexta-feira, sobre três áreas específicas: investigação de saúde Vs. Oceano, diversas da nova economia do Mar, e como se processa o financiamento destas atividades.

Sobre o local para a conferência, a ministra do Mar justifica que “escolhi a fundação Champalimaud porque é um símbolo do que é associar a investigação a um privado, com geração de riqueza, mas que consegue ter o que de melhor há no Mundo em temros de terapêutica, que consegue fazer o que não tem de fazer eisto é garantir o melhor de dois mundos”.

“Na Fundação Champalimaud neste momento já se faz investigação utilizando recursos marinhos e está-se a iniciar a investigação para utilização de biorecursos no tratamento de doenças cancerígenas. Isto está a ser com investigadores nacionais de internacionais e contribui para o estudo da saúde do oceano e da saúde das pessoas”, destaca Ana Paula Vitorino.

De acordo com um comunicado da organização do ‘Oceans Meeting’, “50% do oxigénio que respiramos para viver é produzido pelos oceanos”.

“A poluição, plástica ou química, afeta direta e indiretamente a saúde pública. Os mares, além de fonte de alimentação das pessoas, são também a origem de muitos microrganismos com múltiplas utilizações, designadamente na indústria farmacêutica e alimentar. Não defender os oceanos significa comprometer o futuro de todos, o futuro da humanidade”, defende o referido documento.

A poluição e acidificação dos oceanos bem como as alterações climáticas são as grandes ameaças à sustentabilidade dos mares, contudo os desafios para inverter esta situação são muitos, assim como as soluções e oportunidades para atenuar os problemas que estarão em discussão na conferência.

Um dos pontos altos do ‘Oceans Meeting’ passa pela realização de um encontro ministerial internacional, no dia 8 de setembro, nos Jerónimos, com as presenças de ministros de vários Estados costeiros, cuja sessão de abertura contará com o Primeiro-ministro, António Costa.

A abertura da componente ‘Business Dialogues’, no âmbito do ‘Oceans Meeting’, realiza-se hoje, dia 7 de Setembro, às 12 horas, no Centro de Exposições da Fundação Champalimaud, e estará a cargo da Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

Os ‘Business Dialogues’ são encontros para potenciamento de negócios entre empresas nacionais e estrangeiras ligadas à economia do mar numa perspetiva de inovação e sustentabilidade.

 

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