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Portugal registou menos 31% de vítimas mortais na estrada

Portugal registou entre 2010 e 2017 uma diminuição de 31% de mortos na estrada, numa lista encabeçada pela Grécia (-41%). No total, 25.300 pessoas morreram nas estradas da UE em 2017, menos 300 do que em 2016 (-2%) e menos 6.200 do que em 2010 (-20%).
10 Abril 2018, 12h33

Pelo segundo ano consecutivo, verificou-se uma diminuição de cerca de 2% de vítimas mortais em acidentes de viação nas estradas da União Europeia (UE), segundo as estatísticas preliminares de 2017 relativas à segurança rodoviária publicadas esta terça-feira pela Comissão Europeia.

O boletim informativo da CE destaca que Portugal registou entre 2010 e 2017 uma diminuição de 31% de mortos na estrada, numa lista encabeçada pela Grécia (-41%). No total, 25.300 pessoas morreram nas estradas da UE em 2017, menos 300 do que em 2016 (-2%) e menos 6.200 do que em 2010 (-20%).

Embora esta tendência seja encorajadora, «alcançar o objetivo da UE de reduzir para metade o número de vítimas mortais em acidentes de viação entre 2010 e 2020 vai ser um enorme desafio», enfatiza o documento.

Além da mortalidade rodoviária, calcula-se que mais de 135.000 pessoas tenham ficado gravemente feridas no último ano, incluindo uma grande proporção de utentes vulneráveis: peões, ciclistas e motociclistas.

Além das vítimas, o número de mortes e feridos devido a acidentes rodoviários afeta igualmente a sociedade em geral, estimando-se os custos socioeconómicos em 120 mil milhões de euros por ano.

Toda esta situação exige esforços renovados por parte de todos os intervenientes, para que as estradas da Europa se tornem mais seguras. Enquanto as autoridades nacionais e locais chamam a si a organização da maior parte das ações quotidianas, como a execução e a sensibilização, a Comissão Europeia está atualmente a trabalhar numa série de medidas concretas destinadas a fomentar novos progressos substanciais. Este seria um novo passo para «uma Europa que protege», em consonância com a visão proposta pelo presidente Jean-Claude Juncker.

De acordo com Violeta Bulc, comissária responsável pelos Transportes, «25.300 pessoas perderam a vida nas nossas estradas no ano passado e muitas mais sofreram ferimentos graves, cujas consequências mudaram as suas vidas para sempre. Por trás destes números estão muitas histórias de sofrimento e dor. A segurança rodoviária é, evidentemente, uma responsabilidade partilhada com os Estados-Membros, mas considero que a UE pode fazer mais para proteger melhor os europeus. A Comissão está atualmente a trabalhar numa série de medidas concretas que planeamos anunciar nas próximas semanas. Temos um objetivo ambicioso e claro: salvar mais vidas nas nossas estradas».

Com uma média de 49 vítimas mortais de acidentes rodoviários por milhão de habitantes, as estradas europeias continuaram a ser, de longe, as mais seguras do mundo em 2017. Na UE, a Suécia (25 mortes por milhão de habitantes), o Reino Unido (27), os Países Baixos (31) e a Dinamarca (32) comunicaram os melhores resultados no ano em análise. Portugal registou uma média de 62 mortes por milhão de habitantes. Em relação a 2016, a Estónia e a Eslovénia comunicaram a maior diminuição do número de vítimas mortais, respetivamente, -32% e -20%.

Além disso, a diferença de resultados entre os Estados-Membros diminuiu em 2017, com apenas dois Estados-Membros a registar uma taxa de mortalidade superior a 80 mortos por milhão de habitantes (Roménia e Bulgária).

A Comissão Europeia está atualmente a trabalhar na elaboração de um novo quadro de segurança rodoviária para 2020-2030, bem como numa série de medidas concretas que contribuem para uma maior segurança rodoviária. Tal poderá incluir uma revisão da legislação europeia em matéria de segurança dos veículos e de gestão da segurança da infraestrutura, e uma iniciativa com vista a uma transição segura para uma mobilidade cooperativa, conectada e autónoma.

A CE está a planear apresentar estas medidas na primavera de 2018.

 

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