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Portugal Smart Cities Summit: há financiamentos disponíveis, mas falta saber como chegar-lhe

No primeiro painel da tarde do primeiro dia do evento, esta terça-feira, 16 de novembro, foi discutida a ideia de que o desafio ao desenvolvimento sustentável e de tecnologias digitais na sociedade diz mais respeito à simplificação nos acessos aos financiamentos públicos, nomeadamente nos fundos europeus a que Portugal terá acesso, do que propriamente à falta de recursos.
16 Novembro 2021, 18h45

Existe dinheiro para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis em Portugal, mas faltam melhores processos de acesso ao financiamento e divulgação, segundo os participantes no debate sobre “financiamento público acelerador da transformação digital das cidades inteligentes”, que decorreu na Portugal Smart Cities Summit.

No primeiro painel da tarde do primeiro dia do evento, esta terça-feira, 16 de novembro, foi discutida a ideia de que o desafio ao desenvolvimento sustentável e de tecnologias digitais na sociedade diz mais respeito à simplificação nos acessos aos financiamentos públicos, nomeadamente nos fundos europeus a que Portugal terá acesso, do que propriamente à falta de recursos.

No debate, ficou patente a ideia de que “há dinheiro”, mas que é preciso um bom uso dos financiamentos públicos para que se possa criar uma “dinâmica de descomplicação” nos acessos aos mesmos.

O presidente da Agência Para o Desenvolvimento e Coesão, Nuno Melo, apontou para a importância da ideia de “simple cities”, em conjunto com a de smart cities (cidades inteligentes), para que exista um modelo mais eficaz e simplificado de aplicação dos financiamentos públicos.

Nuno Melo considerou ainda a falta de comunicação que existe no processo de divulgação destes financiamentos, apelando também ao Banco Europeu de Investimento, representado no painel por Joaquim da Costa Pedroso, para contribuir para essa melhor comunicação e divulgação de linhas de financiamentos.

Alexandra Carvalho, secretária-geral do Fundo Ambiental, procurou divulgar programas do fundo que visam a sustentabilidade, exemplificando com o programa para edifícios mais sustentáveis, financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), assim como pelo cofinanciamento pelo Fundo Ambiental de projetos de construção de ciclovias entre municípios.

O programa para edifícios mais sustentáveis visa a “redução de 30% no consumo de energia primária nos edifícios intervencionados, a melhoria no desempenho energético e hídrico dos edifícios de habitação e criar benefícios ambientais, sociais e económicos para os cidadãos e para o país”, explicou.

Acrescentou, ainda, que as candidaturas para o programa se encontram abertas até ao final do mês ou até se esgotar a dotação de 100 milhões.

A Portugal Smart Cities Summit iniciou-se esta terça-feira, 16 de novembro, no Pavilhão 2 da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, com 12 sessões de debates e a participação de 72 diferentes oradores, de acordo com a organização, da responsabilidade da Fundação AIP.

O evento, que decorrerá até 18 de novembro, quinta-feira, conta com o JE como media partner e está aberto à presença de público mediante inscrição prévia online, em portugalsmartcities.fil.pt.

As sessões de debate serão transmitidas através da plataforma JE TV, através do site (www.jornaleconomico.pt) e das redes sociais do Jornal Económico.

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