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Portugal vai realizar mais dois leilões de dívida de curto prazo no quarto trimestre

A entidade presidida por Cristina Casalinho prevê ainda a colocação de dívida a longo prazo entre mil a 1.250 milhões de euros por leilão, não estando prevista mais nenhuma venda sindicada neste ano. 
  • Cristina Bernardo
8 Outubro 2020, 11h39

O IGCP- Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública prevê realizar mais dois leilões duplos de Bilhetes do Tesouro (BT) no último trimestre do ano, com um montante global indicativo de até 1.250 milhões de euros cada. Prevê ainda a colocação de dívida a longo prazo, mas somente através de leilões, não estando prevista mais nenhuma venda sindicada neste ano.

Segundo as linhas de atuação para o quatro trimestre, publicadas esta quinta-feira, a entidade presidida por Cristina Casalinho anuncia que um primeiro leilão a 21 de outubro de dívida a três meses e 11 meses, com um montante global indicativo entre mil milhões e 1.250 milhões de euros. O Tesouro tem ainda agendado um outro leilão duplo de BT, a 18 de novembro, no qual irá emitir dívida a seis meses e a um ano.

No Orçamento Suplementar, o Estado aumentou o montante de financiamento líquido através da emissão de BT de 1,3 mil milhões de euros para 3,2 mil milhões de euros este ano, já que devido à pandemia as necessidades de financiamento total subiram para 20,3 mil milhões de euros este ano, um valor superior aos 10,7 mil milhões de euros projetados inicialmente.

No quarto trimestre, o Tesouro prevê ainda emissões de dívida a longo prazo, “sendo esperadas colocações de mil a 1.250 milhões de euros por leilão”. Como habitualmente, o IGCP não anunciou ainda as datas previstas para os leilões de Obrigações do Tesouro, mas poderão ser realizados à segunda ou quarta quartas- feiras de cada mês “após anúncio do montante indicativo”, com as linhas a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão.

“Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP)”, refere.

O IGCP vinca, no entanto, que “acompanhará ativamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de atuação”.

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