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Português na frente da nova empresa automóvel após acordo entre Peugeot e Fiat Chrysler

Esta quinta-feira, a PSA Peugeot encontra-se em queda livre na Bolsa de Paris, somando perdas de 9,14%, sendo que cada ação está a valer 23,67 euros. Já a Fiat Chrysler está no verde na Bolsa de Nova Iorque, com ganhos de 5,27% para 14,98 dólares.
31 Outubro 2019, 08h30

O grupo francês PSA, fabricante da Peugeot, e a ítalo-americana Fiat Chrysler (FCA) anunciaram esta quinta-feira, 31 de outubro, ter acordado “por unanimidade” uma “fusão das atividades dos dois grupos” para criar uma nova entidade com sede na Holanda.

“Os acionistas dos dois grupos passariam a deter, respetivamente, 50% do capital da nova entidade e, portanto, iriam partilhar em parte igual dos benefícios desta fusão”, é referido num comunicado conjunto. O Conselho de Administração será composto por onze membros, cinco dos quais nomeados pela Fiat-Chrysler e outros cinco pelo PSA, incluindo o português Carlos Tavares, como diretor-geral.

Esta quinta-feira, a PSA Peugeot encontra-se em queda livre na Bolsa de Paris, somando perdas de -9,14%, sendo que cada ação está a valer 23,67 euros. Já a Fiat Chrysler está no verde na Bolsa de Nova Iorque, com ganhos de 5,27% para 14,98 dólares.

O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, congratulou-se com “o início das negociações entre os dois grupos”, mas prometeu que o Estado, acionista em 12% da PSA, vai continuar “particularmente vigilante” sobre o impacto na indústria francesa.

A fusão entre as duas construtoras será feita sem o “encerramento das fábricas”, garantiram as duas sociedades no mesmo comunicado conjunto, no qual precisaram que as sinergias anuais estão estimadas em 3,7 mil milhões de euros.

Esta quarta-feira de manhã, a FCA referia que não tinha mais nada a acrescentar depois das primeiras notícias terem antecipado que os contactos sobre a criação de um “gigante” do setor automóvel estavam avaliados em mais de 50 mil milhões de dólares.

A Fiat, que já tinha sido abordada previamente pela Peugeot, retirou-se do processo de fusão com a Renault devido à falta de apoio do governo francês e da Nissan, o parceiro japonês do fabricante francês.

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