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Portuguesa ebankIT prevê chegar aos Estados Unidos ainda em 2018

A fintech, que já ajudou o Montepio, o BNI Europa e o BiG “a perceber o seu cliente no digital”, pretende ganhar, pelo menos, um cliente norte-americano, que a permita escalar. O CEO, Renato Oliveira, disse ao Jornal Económico que os principais bancos com os quais trabalha são internacionais.
17 Outubro 2018, 10h00

A fintech portuguesa ebankIT está em negociações com bancos norte-americanos para poder chegar, pela primeira vez, aos Estados Unidos e, a partir daí, ganhar mais notoriedade e expandir-se. A startup que conquistou o Banco BiG, a Caixa Económica Montepio Geral e o BNI Europa procura o ‘sonho americano’ porque o considera um bom caso de estudo para descomplicar a área da transformação digital bancária.

“Ainda não temos clientes nos Estados Unidos, mas temos três ou quatro bancos com os quais estamos a procurar negócios. O nosso objetivo é que, pelo menos, um deles fique concretizado até ao final deste ano, de forma a termos uma boa referência no mercado americano, que nos permita escalar”, disse ao Jornal Económico o CEO da ebankIT, Renato Oliveira.

O Canadá é um dos mercados mais importantes para empresa, que, neste momento, está a reforçar a operação neste país porque o considera uma porta de entrada para os Estados Unidos. “É o mercado que todos querem”, realça, acrescentando que tem investido em Inteligência Artificial, sobretudo data analytics, para avançar na análise do comportamento do particular perante o seu banco – i.e. a interação: o que faz, de que precisa, se necessita de crédito, etc.

Com escritórios no Porto, em Londres e em Nova Iorque e presente em geografias como Roménia, Suíça, Kuwait ou África do Sul, a ebankIT tem no Montepio a maior referência em Portugal – ainda que o mercado português represente menos de 20% do seu volume de negócios. Entre os clientes internacionais da fintech com selo português estão os africanos Standard Bank e African Bank Limited, o HBL na Suíça ou o canadiano Coast Capital Savings.

“Vendemos esta solução aos bancos e ajudamo-los a perceber o seu cliente no digital, algo que procuram cada vez mais. Estão todos a investir muito nesta área, ao colocar particulares e empresas a utilizar os canais digitais”, explicou Renato Oliveira, em declarações ao semanário, depois de chegado da FinovateFall 2018, onde a ebankIT foi procurar parcerias.

A seu ver, as instituições bancárias tradicionais mantêm-se com o desafio de criar valor e sobressair perante a presença destas pequenas empresas financeiras tecnológicas, nomeadamente a Revolut. O porta-voz da empresa que surgiu de um spin-off em 2014 garante que consegue ligar o core bancário à plataforma em apenas sete minutos e agilizar os processos de interação além-balcões – quando os clientes estão em casa ou no trabalho e tentam à sua conta bancária através do telemóvel do computador, por exemplo.

https://jornaleconomico.pt/noticias/portuguesa-ebankit-e-uma-das-estrelas-emergentes-da-kpmg-48424

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