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Portugueses dizem que tratamento médico não é acessível

Avaliando os sistemas de saúde da União Europeia em 2018, 3,6% das pessoas com mais de 16 anos consideraram que as suas necessidades médicas não foram atendidas. O motivo mais relatado foi que o tratamento não é acessível, considerando que este era “muito caro”.
18 Dezembro 2019, 19h10

O estado da saúde em Portugal tem sido duramente criticado pelos mais diversos setores e partidos. No Orçamento de Estado para o próximo ano estão destinados mais de 11 mil milhões de euros para o setor que tem sido liderado por Marta Temido, sendo este um incremento superior a 900 milhões de euros em comparação com o ano passado.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu que o sistema de saúde português “é um dos melhores do mundo”, algo que não é corroborado pelos dados divulgados pelo Eurostat na semana passada. De acordo com estes dados, Portugal encontra-se na lista de países onde os cidadãos consideram que os tratamentos médicos não são acessíveis.

Avaliando os sistemas de saúde da União Europeia em 2018, 3,6% das pessoas com mais de 16 anos consideraram que as suas necessidades médicas não foram atendidas. O motivo mais relatado foi que o tratamento não é acessível, considerando que este era “muito caro”, sendo que outro motivo se prende com a existência de uma lista de espera.

No ano passado, a Grécia registou o maior descontentamento em relação às suas necessidades médicas não atendidas, com 8,3%, seguindo-se a Letónia com 4,2%, Roménia com 3,4%, Itália com 2% e Bélgica com 1,7%. Portugal surge em sexto lugar, com 1,6% dos portugueses a evidenciarem falta de atendimento às necessidades médicas, sendo seguido pela Bulgária com 1,5%, Chipre com 1,4% e Polónia com 1,1%.

Contrariamente, as taxas de descontentamento mais baixas verificaram-se na República Checa e na Finlândia, com queixas próximas dos 0%, sendo que na maioria dos países membros da União Europeia menos de 1% da população relatou necessidades médicas não atendidas por razões financeiras.

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