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Portugueses estão a consumir mais bebidas sem açúcar para evitar ‘fat tax’

A explicar a crescente procura por águas e bebidas sem açúcar, e respetivas quedas nos refrigerantes, está o novo imposto sobre bebidas açucaradas, que levou a um aumento médio de 10 cêntimos no preço destes produtos.
7 Agosto 2017, 09h51

Os portugueses estão a gastar mais com despesas de supermercado, especialmente no que toca ao consumo de bebidas não alcoólicas. A explicar a crescente procura por águas e bebidas sem açúcar, e respetivas quedas nos refrigerantes, está o novo imposto sobre bebidas açucaradas, que levou a um aumento médio de 10 cêntimos no preço destes produtos.

Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, o consumo de bebidas não alcoólicas subiu 14% no primeiro semestre do ano, enquanto os refrigerantes registaram uma quebra de 6%, em igual período do ano. O diretor-geral da Centromarca, Pedro Pimentel, aponta como justificação a fat tax imposta pelo Executivo socialista de António Costa. O imposto indireto incide sobre todos os produtos considerados prejudiciais à saúde, onde se incluem as bebidas açucaradas e as preocupações crescentes das empresas em acompanhar as mudanças para hábitos mais saudáveis dos consumidores portugueses.

“A questão do novo imposto acaba por ser uma razão adicional a uma opção de saúde que muitos portugueses já fazem. E as empresas, para darem resposta a essas preocupações, alargaram os seus portefólios e assistiu-se ao aparecimento de muitas bebidas não açucaradas no mercado e que estão a impulsionar o consumo”, disse o responsável pela Centromarca.

Em termos gerais, o mercado de grande consumo cresceu 3,9% para os 3.809 milhões de euros, desde o início do ano até junho. O primeiro semestre do ano fica ainda marcado pelo boom no consumo de cerveja e pelo aumento da procura por marcas de distribuição, as chamadas ‘marcas brancas’.

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