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PPM preocupado com “podridão da República” após decisão sobre acusações a José Sócrates

“O PPM vê no caso José Sócrates a instrumentalização da Justiça para fins políticos que conta ainda com uma Comunicação Social débil e financeiramente muito dependente do Estado”, assumem os responsáveis do Partido Popular Monárquico.
10 Abril 2021, 15h25

O PPM – Partido Popular Monárquico manifesta-se preocupado “face à decisão da Justiça em deixar cair por terra grande parte das acusações que se imputava ao ex-primeiro-ministro José Sócrates” e “pelo ambiente de podridão na República, onde se assiste ao descrédito da Justiça e da Política”.

Em comunicado, “o PPM vê no caso José Sócrates a instrumentalização da Justiça para fins políticos que conta ainda com uma Comunicação Social débil e financeiramente muito dependente do Estado”.

“A figura isenta de um Rei que dá posse a juízes escolhidos interpares é algo que não existe no actual sistema de governação em Portugal”, assinala o referido comunicado.

Segundo os responsáveis do PPM, “a ausência dessa figura cimeira isenta permitiu que, durante anos, tenham-se alimentado notícias especulativas, apoiadas em fugas de informação com efeitos estratégicos e calculados com efeitos políticos para, no fim, assistirmos à queda por terra de muitos dos factos que eram considerados como provas de actos criminosos”.

“A demora da Justiça – que começou com a detenção do ex-primeiro-ministro em Novembro de 2014 – não só mina a confiança interna nas instituições da República como prejudica a imagem de Portugal a nível internacional, dando a impressão de que as caricaturas de Justiça que surgem em relatos de países de Terceiro Mundo são uma realidade normal neste canto histórico da Europa civilizada”, criticam os monárquicos.

De acordo com o PPM, “esta situação de descrédito é mais grave do que, por exemplo, a questão dos adiantamentos reais de 1906 e que levaram então o deputado republicano Afonso Costa a declarar no Parlamento que «por muitos menos crimes do que os cometidos por D. Carlos, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XVI»”.

“Temos assim o dever patriótico – e moral – de alertar o Presidente da República para que se pronuncie de forma clara sobre esta situação antes que a mesma se volte contra si e a instituição que representa”, alerta o PPM.

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