[weglot_switcher]

Praça nacional não foge à tendência negativa europeia e cai, pressionada pela queda de quase 5% da Pharol

PSI 20 perde 0,61%, para 5.453,47 pontos, na sessão desta sexta-feira, seguindo a tendência europeia.
17 Agosto 2018, 12h19

O principal índice bolsista português, PSI 20, perde 0,61%, para 5.453,47 pontos, a meio da sessão desta sexta-feira, 17 de agosto, seguindo a tendência europeia.

A manhã na última sessão da semana tem sido marcada por uma “correcção ligeira na negociação europeia, acompanhada de fracos volumes negociados”, segundo o Mtrader do Millennium bcp, Ramiro Loureiro. “Os setores que têm sido mais afetados com as tensões geopolíticas lideram os movimentos descendentes”, acrescenta.

Em Lisboa, o grande destaque da sessão é a Pharol. A empresa liderada por Palha da Silva lidera as perdas, ao desvalorizar 4,66%, para 0,21 euros.

A holding especializada na detenção de participações em empresas que operam nos sectores das telecomunicações convocou uma assembleia geral para que os acionistas votem um aumento de capital até 55,48 milhões de euros, para que a empresa possa acorrer à segunda fase de recapitalização da brasileira Oi.

A Pharol tem planos para emitir 953 milhões de ações ao preço de 0,03 euros por acção.

“ Esta notícia é mal recebida pelos investidores que encontram mais um motivo para sair da empresa e poder deixar cair aos 0,20 euros. Desde Maio, altura em que cotava nos 0,28 euros, que a Pharol apresenta uma tendência forte de queda. Neste momento, está a cotar em torno dos 0,21 euros testando a linha de tendência de longo prazo e encontrando o próximo suporte nos 0,20 euros”, explica a senior broker da corretora XTB, Carla Maia Santos.

Outro destaque de meio da sessão é a Navigator, que perde 2,19 euros, para 4,37 euros. A papeleira está a viver uma semana difícil em bolsa devido à taxa anti-dumping retroactiva de 37,34% ao papel vendido pela empresa entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017 nos Estados Unidos. Como explica o Jornal Económico, na edição desta sexta-feira, até ao fecho da sessão de quinta-feira a cotada, liderada por Diogo Antonio Rodrigues de Silveira, desvalorizou mais de 10%.

Os títulos do BCP (-1,49%), da Mota-Engil (-1,25%) e da Sonae Capital (-1,04) também contribuem para o desempenho negativo do PSI 20.

Sobre a Mota-Engil, destaque para o noticiado hoje pelo Jornal Económico: a cotada está a registar um novo ano de consolidação da sua expansão internacional. Após a entrada nos mercados da Nigéria e Argentina, o grupo português entra no Panamá e no Canadá.

Em contraciclo, mas insuficientes para inverter a tendência do PSI 20, seguem a valorização dos títulos da F. Ramada, Jerónimo Martins, REN, Galp Energia e Nos.

A Galp, que cresce 0,32%, para 17,29 euros, estará a beneficiar da valorização do mercado petrolífero. Em Londres, o barril de Brent é negociado a 72 dólares, devido a uma subida de 0,80%, e o WTI avança 0,41%, para 65,73 dólares, em Nova Iorque.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX cai 0,38%, o britânico FTSE 100 perde 0,14%, o francês CAC 40 recua 0,19%, o holandês desce 0,54%, o espanhol IBEX 35 tomba 0,51% e o italiano FTSE MIB afunda 1,12%.

Permanecem em causa os receios de contágio da crise económica da Turquia e a o clima de guerra comercial entre os Estados Unidos e China.

No mercado cambial, o euro aprecia 0,03% face à divisa norte-americana, para 1,13 dólares.

 

[Dados das 11h40]

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.