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Praça portuguesa negoceia em baixa, seguindo tendência europeia pela quarta sessão consecutiva

PSI 20 recua 0,26%, para 4.993,70 pontos.
  • Benoit Tessier / Reuters
15 Outubro 2018, 10h59

O principal índice bolsista nacional, PSI 20, recua 0,26%, para 4.993,70 pontos, num dia em que os mercados europeus negoceiam em queda pela quarta sessão consecutiva.

São várias as questões a penalizar as bolsas europeias: a subida dos custos de financiamento dos Estados Unidos; o impacto da guerra comercial entre os EUA e a China, onde começam a surgir os primeiros sinais de desaceleração (na sexta-feira foi revelado que as vendas de carros registaram a maior descida em sete anos); o orçamento italiano e a crescente tensão entre a Arábia Saudita e o Ocidente, depois do desaparecimento de um jornalista no consulado da Arábia Saudita, em Istambul, Turquia.

Entre as principais praças europeias, apenas o alemão DAX (só iniciou sessão pelas 9h10, devido a questões técnicas deste mercado) e o italiano FTSE MIB valorizam: 0,07% e 0,22%, respetivamente.

Mais, na imprensa internacional, é veiculada a informação de que o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, uma voz crítica de Riade, terá sido concebido pelas autoridades sauditas. Nos Estados Unidos, circulam as críticas às autoridades sauditas e, caso se confirma responsabilidade da Arábia Saudita, os norte-americanos poderão impor sanções.

No seguimento da tensão entre a Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, e os Estados Unidos, em torno do desaparecimento de Khashoggi, o preço do petróleo agrava-se. O Brent ganha 0,88%, para 81,14 dólares, e o WTI avança 0,56%, para 71,74 dólares.

Entre as divisas, o euro aprecia 0,22% face ao dólar, para 1,15 dólares. A moeda única europeia está em alta, na sequência de o governo italiano ter dado novas garantias de que o país não vai sair do euro.

Em Lisboa, o PSI 20 cai, pressionado pela Sonae Capital (-2,16), pela Altri (-1,81), Pharol (-1,97%) e Jerónimo Martins (-1,13%).

Na praça portuguesa o grande destaque vai para os juros da dívida portuguesa, que estão a cair em todas as maturidades, numa sessão que decorre logo depois da agência Moody’s ter retirado a dívida portuguesa da categoria “lixo”, na sexta-feira, uma classificação atribuída em julho de 2011.

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