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Preço do polvo em Portugal atinge máximo de 20 anos

A maioria do polvo consumido em Portugal foi importada, quantidade quase três vezes superior à quantidade capturada. Um terço das receitas de polvo em lota foi gerada pelos portos do Algarve.
31 Maio 2019, 13h51

O preço do polvo em Portugal atingiu um máximo de 20 anos em 2018. O polvo encontra-se entre as seis espécies mais capturadas em Portugal nas duas últimas décadas e a que mais receita tem gerado no mercado de primeira venda nos últimos cinco anos.

O preço do quilo atingiu em média os 7,06 euros atingindo o “nível mais elevado das duas últimas décadas, crescendo a um ritmo médio anual 2,4 vezes superior ao preço médio do total do pescado descarregado”, segundo avança o INE esta sexta-feira, 31 de maio.

O crescimento do preço do quilo do polvo foi superior ao registado nas espécies mais vendidas: sardinha (4,1 vezes), cavala (13,5 vezes), carapau (3,4 vezes), atum (1,8 vezes) e biqueirão (1,7 vezes).

A maioria do polvo consumido em Portugal foi importada (19,4 mil toneladas), quantidade quase três vezes superior à quantidade capturada. O valor de importação atinge os 172,6 milhões de euros, mais de 3,6 vezes o “valor obtido com as capturas de polvo em portos nacionais”.

A frota de pesca nacional capturou um total de 6,7 toneladas de polvo, o “correspondente a 36,2% da quantidade total de moluscos capturados e a 5,3% do volume total de pescado descarregado em portos nacionais”.

As receitas das vendas em lota “atingiu 48 milhões de euros em 2018, cerca de 25% acima da receita gerada em 2017 e 28% superior à faturação média dos últimos 20 anos. De referir que quase 1/3 desta receita foi gerada pelos portos do Algarve”.

Segundo o INE, “a insuficiência das capturas de polvo é estrutural, verificando-se um crescimento médio de 4,6% das quantidades importadas entre 2013 e 2018 enquanto as capturas em portos nacionais registaram uma variação média negativa de 12,1%”.

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