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Preços da oferta turística em Cabo Verde caem 5,2% no segundo trimestre

A atividade turística nas ilhas de Santo Antão, Sal, Boa Vista e Santiago corresponde a mais de 97% do total nacional deste país.
17 Julho 2019, 19h40

Os preços da oferta turística em Cabo Verde diminuíram, em termos homólogos, 5,2% no segundo trimestre de 2019, um resultado ainda assim superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) face ao valor registado no trimestre anterior.

Segundo os dados do Índice de Preços do Turismo (IPT), divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação trimestral observada foi de 6,6%, inferior em 8 p.p. e de sentido contrário ao valor registado no trimestre anterior (1,4%), reflexo do padrão de sazonalidade deste indicador.

No segundo trimestre de 2018, de acordo com o organismo de estatística local, esta variação igualmente negativa tinha sido menos intensa, situando-se 0,8 p.p. abaixo da atual.

Os dados indicam ainda que houve uma variação de 5,2%, nas classes dos Hotéis, Cafés e Restaurantes comparativamente ao mesmo período do ano passado e 0,7 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior.

A componente do alojamento que corresponde a 70,1% da despesa turística com especial destaque para os Hotéis registou uma contribuição negativa (-7,0 p.p.) de sinal idêntico à do trimestre anterior, mas de menor intensidade (-0,5 p.p.), enquanto a restauração, cujo peso representa cerca de 28,8% da despesa turística, pelo contrário, apresentou uma contribuição positiva (1,8 p.p.) ligeiramente mais forte (0,1 p.p.) que a do trimestre anterior (Gráfico 2).

Os componentes Restaurantes (1,87 p.p.) e os Hotéis-Apartamentos, indicou o INE, tiveram uma contribuição marginalmente positiva (0,005 p.p.), enquanto os componentes Cafés Bares e Similares (-0,07 p.p.) e Pensões (-0,01 p.p.) apresentaram contribuições negativas.

O INE de Cabo Verde explica estes resultados com a consequência de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de Alojamento.

A nível das ilhas, Santo Antão, Sal, Boa Vista e Santiago apresentam variações trimestrais de sinal negativo (respetivamente -0,9%, -6,1%, -7,9% e -0,6%), que determinaram fortemente o movimento no IPT Nacional. A atividade turística nestas ilhas corresponde a cerca de 97,8% da atividade a nível nacional.

As ilhas de Santo Antão e Santiago registaram um comportamento de quebra no nível dos preços face ao trimestre anterior com contribuições para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT marginalmente negativas (-0,03 p.p. e -0,01 p.p., pela mesma ordem).

As ilhas da Boa Vista e do Sal apresentaram marcadas contribuições negativas para variação homóloga trimestral do IPT total (- 4,26 p.p. e -2.48 p.p., respectivamente).

A ilha de São Vicente correspondeu a uma contribuição marginalmente positiva para o IPT total de 0,002 p.p., que não atenuou significativamente as contribuições negativas das restantes ilhas.

A nível de variação trimestral, todas as ilhas determinaram pelas suas contribuições o andamento do IPT Total com valores mais marcados para a Boa Vista e Sal.

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