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Presidente da APREN: “Renováveis são uma grande vaca leiteira do Estado”

“A ânsia de deixar uma marca pessoal” por parte dos políticos nas renováveis tem prejudicado o setor ao longo dos anos, considera António Sá da Costa, que vai deixar o cargo em breve.
22 Março 2019, 08h42

António Sá da Costa foi um dos fundadores da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) em 1988. Aos 70 anos, o presidente da APREN está de saída do cargo, depois de ter ocupado várias posições na associação ao longo de trinta anos. O seu substituto deverá ser Pedro Amaral Jorge, atual vice-presidente, cujo nome vai ser votado na próxima semana pelos associados. Em entrevista ao Jornal Económico, na hora da despedida, Sá da Costa aborda o passado, o presente e o futuro do setor energético em Portugal no seu estilo frontal e direto.

A taxa CESE [Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético] acabou mesmo por ser estendida ao setor das renováveis. É mais um exemplo de que as renováveis são o abono de família do Estado?

Sim. O setor é uma vaca leiteira muitíssimo grande para o Estado. Já tive oportunidade de dizer ao António Mendonça Mendes [secretário de Estado dos Assuntos Fiscais], que não faz sentido nenhum tributar as renováveis. E não faz sentido porque precisamos das renováveis e se as formos tributar é um desincentivo para os investidores. Quem paga mais imposto são os projetos mais recentes, que estão menos amortizados.

Questões como a taxa CESE nas renováveis, atrasos nos licenciamentos, ou alterações legislativas afastam os investidores internacionais?

Sim, afastam. Houve investidores que eram para fazer determinado tipo de investimento e deixaram de o fazer, nomeadamente expansões.

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