Presidente da Assembleia da Madeira alerta que pandemia agravou isolamento do Porto Santo

O presidente da Assembleia da Madeira, José Manuel Rodrigues, disse que a pandemia do coronavírus covid-19  teve um impacto mais negativo nas ilhas, e naquelas economias mais dependentes do turismo. Foi ainda feito um alerta para a situação do Porto Santo que se viu agravada a sua singularidade e isolamento.

José Manuel Rodrigues disse que o Porto Santo “não pode ser tratado” como mais um município, tendo em conta a sua dupla insularidade, pelo que se justifica outro estatuto e outra voz junto dos órgãos de poder.

O presidente da Assembleia da Madeira defendeu a necessidade de existir um círculo eleitoral da Madeira e do Porto Santo.

“Julgo também que deve ser discutida a possibilidade de se criar o Conselho da Ilha do Porto Santo, um órgão consultivo que, a exemplo do que acontece nas ilhas dos Açores, envolvesse os titulares de cargos políticos e autárquicos, representantes das associações empresariais e sindicais, dirigentes das Instituições culturais, desportivas e de Solidariedade Social e de outras organizações representativas das forças vivas do Porto Santo”, defendeu.

Para José Manuel Rodrigues isto permitiria fortalecer as posições do Porto Santo perante os Órgãos de Governo próprio da Região, os Órgãos de soberania do Estado Português e da União Europeia.

O presidente da Assembleia Regional disse que a autonomia trouxe desenvolvimento para o Porto Santo, mas continuam problemas como o das “ligações aéreas com a Madeira e com o Continente, a sazonalidade turística e o acesso aos cuidados de saúde, entre outros” que travam o crescimento económico, a criação de emprego e melhor qualidade de vida.

José Manuel Rodrigues disse ainda que é decisivo rever a linha de transportes entre a Madeira e o Porto Santo e a frequência dos voos regulares entre os aeroportos continentais e o Porto Santo.

O presidente da Assembleia da Madeira disse que o crescimento do turismo pode ser uma alavanca para o crescimento de setores como “a agricultura, as pescas, pequenas indústrias não poluentes, o comércio e serviços de lazer e bem-estar”, para além de se criar outros pontos de atratividade ligados à História, à geologia, à arquitetura tradicional, à gastronomia e ao património imaterial desta ilha.

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