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Presidente da Câmara do Funchal acusa PSD e CDS-PP de bloquear de forma “gratuita e vergonhosa” ação da autarquia

O Orçamento da Câmara Municipal do Funchal foi chumbado, enquanto que as Grandes Opções do Plano, documento que contém as obras planeadas pela autarquia foi aprovado.
3 Dezembro 2019, 13h08

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia, afirma que o chumbo do Orçamento Municipal e a aprovação das Grandes Opções do Plano, que aconteceu na passada segunda-feira, “ultrapassa todos os limites da falta de coerência” de PSD e CDS-PP, e acusa tanto os sociais democratas como os centristas de bloquear de forma “gratuita” e vergonhosa” a acção do executivo municipal.

O autarca explica que o Funchal tem em 2020, um plano de obras e investimento que foi aprovado, o que demonstra que a oposição considera “legítimas as políticas estratégicas para o Funchal, mas depois acaba por chumbar o Orçamento que permite “financiar e executar” essas mesmas obras.

“O que PSD e CDS-PP nos dizem é que estamos todos de acordo no papel com as políticas que este Município está a implementar no Funchal, mas na prática, tiram-nos a possibilidade de financiar as obras que os próprios querem ver feitas. Na prática, ao votar contra o Orçamento, PSD e CDS deixam bem claro qual o seu papel no concelho, bloqueando de forma gratuita e vergonhosa a ação desta Câmara, que preferem tentar estrangular financeiramente”, disse Miguel Gouveia.

O presidente da autarca acusou ainda o PSD e CDS-PP de pensaram no interesse partidário em vez do interesse dos munícipes, e acrescenta que a cidade vai continuar a prosperar “não com o PSD e o CDS, mas apesar do PSD e do CDS-PP.

“Chumbar um orçamento municipal é bater no fundo, mas aqui ninguém vai ficar a chorar por falta de responsabilidade alheia, nem este Executivo, nem os funchalenses. Hoje, tal como nos últimos seis anos, os funchalenses sabem com quem podem contar”, considerou Miguel Gouveia.

BE critica extravagante coligação negativa

O BE considerou que o chumbo do Orçamento do Funchal se deveu a uma “extravagante coligação negativa” que juntou aos votos do PSD e do CDS, os representantes únicos do JPP, do PCP e do PTP.

“Estes três partidos deram um contributo decisivo para a primeira vitória política da coligação PSD-CDS no plano autárquico, depois das eleições regionais de 22 de setembro”, defendem os bloquistas.

JPP diz que chumbo foi decisão unilateral de deputado municipal

Já o JPP, através do secretário-geral, Élvio Sousa, refere que o chumbo dado pelo partido relativamente ao Orçamento do Funchal “não foi uma decisão do JPP mas uma decisão unilateral do deputado municipal”.

O JPP refere que os deputados municipais do JPP “gozam de autonomia e de independência” para ajuizar as matérias de índole municipais, de forma mais incisiva.

“O prejuízo das deliberações recai sobre os próprios quando as votações contradizem a pratica do Movimento noutras áreas geográficas, como foi o caso da derrama”, explica o partido.

“A decisão foi única e exclusivamente unilateral, sem consulta prévia aos órgãos do Movimento”, explica o secretário-geral do JPP.

PTP diz que chumbo se deve a executivo camarário

O PTP diz que o executivo da Câmara do Funchal “não teve a humildade democrática” para aceitar as propostas da oposição, e que o chumbo do Orçamento se deve ao executivo camarário.

“No dia que o PS, defenestrou os partidos democráticos da Coligação Mudança, para cumprir com os desígnios dos seus novos patrões, sediados no Largo dos Varadouros, colocou a sua governação e legitimidade em cheque, abrindo a porta ao mercantilismo político”, afirmou Raquel Coelho, deputada municipal no Funchal.

Raquel Coelho refere que o executivo municipal do Funchal aliou-se ao CDS-PP, e agora que os centristas “viraram o bico ao prego”, querem que os restantes partidos da oposição “viabilizem a governação”.

A deputada municipal do PTP acusa o presidente da autarquia de ter falta de sentido de Estado, e de “em vez de corrigir os erros passados está preocupado que o novo PS, o aprove como cabeça lista para as próximas eleições à Câmara do Funchal”.

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