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Presidente da Huawei: “O 5G está a chegar mais depressa do que esperado”

Numa Altice Arena lotada para a abertura da Web Summit, o presidente da tecnológica chinesa (que tem sido criticada por Donald Trump) incentivou os ‘developers’ a tirarem vantagem de uma oportunidade dourada: o 5G aliado a tecnologias como a Inteligência Artificial.
  • Presidente rotativo da Huawei, Guo Ping, na Web Summit em 2019
4 Novembro 2019, 19h20

“As novas experiências proporcionadas pelo 5G têm sido recebidas de forma calorosa pelos consumidores e mais de 60 redes comerciais de 5G deverão estar operacionais até ao final do ano”, afirmou Guo Ping, rotating chairman da Huawei.

A Web Summit não fugiu à polémica na abertura da quarta edição em Lisboa – antes de Guo Ping, tinha sido o whistleblower e ex analista da CIA Edward Snowden a falar, via video-conferência.

No entanto, o chairman da Huawei não fez referência aos problemas que a gigante chinesa têm enfrentado nos Estados Unidos, onde tem sido acusada de espionagem tecnológica, preferindo centrar-se no que chamou de “oportunidade dourada”.

Para ilustrar o apetite dos consumidores, Guo Ping referiu que na Coreia do Sul um milhão de utilizadores aderiu à tecnologia 5G nos primeiros 69 dias, muito menos que os 150 dias que levou no caso do lançamento do 4G.

Guo Ping encorajou a comunidade mundial de developers a usar essa tecnologia com outras, no chamado ‘5G + X’. O ‘X’ nessa fórmula inclui a Inteligência Artificial, o big data e a realidade aumentada ou virtual.  Essa combinação poderá dar início a uma nova onda de crescimento, tal como o fez a eletricidade no século XX”.

“A chegada do 5G é uma benesse para os operadores pois um utilizador médio de 5G consome três vezes mais dadoos do que um de 4G. Com alta velocidade, latência ultra-baixa e ligações enormes, o 5G assegura uma experiência superior para a Internet das Coisas”, vincou.

Salientou, contudo, que “são as aplicações em o software construídos com base nessa tecnologia que geram valor real e que, como a era da Internet demonstrou, são os developers de aplicações que ganham a quota-leão dos lucros e que vêm o crescimento mais rápido do rendimento”.

Adiantou ainda que a Huawei tem trabalhado com operadores para criar a fundação da nova Internet, permitindo aos criadores de aplicações e software aproveitar todo o seu potencial. Além de focar nas áreas dos aparelhos e da cloud, a Huawei lançou duas iniciativas para apoiar os developers, num total de 1.500 milhões de dólares.

[Atualizada às 19h33]

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