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Presidente da JP admite concorrer à liderança do CDS-PP

Francisco Rodrigues dos Santos, admitiu entrar na corrida à liderança do CDS-PP, mas avisou que o mais importante, nesta fase, é discutir o que o partido quer para o futuro. Já Lobo d’Ávila quer refundar o partido.
17 Outubro 2019, 22h03

O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, admitiu hoje entrar na corrida à liderança do CDS-PP, mas avisou que o mais importante, nesta fase, é discutir o que o partido quer para o futuro.

“Eu estou, como sempre estive, ao lado do meu partido, não o abandono, não fujo. Estou disponível para aquilo que os militantes do meu partido entenderem que eu posso ser mais útil”, afirmou aos jornalistas, à entrada da reunião de hoje à noite do conselho nacional dos centristas, na sede nacional do partido, em Lisboa.

Primeiro, o dirigente da JP criticou, sem identificar, quem, “a partir de fora”, manda “mensagens para dentro”, tentando “condicionar” a discussão interna no partido.

E terminou citando Winston Churchill: “O fracasso não é eterno, o sucesso não é definitivo, o que conta é coragem para continuar.”

A reunião do conselho nacional vai hoje marcar o congresso do CDS para eleger, na liderança do partido, o sucessor de Assunção Cristas, que se demitiu na noite das legislativas, em 06 de outubro, devido aos maus resultados do partido nas eleições – 4,2% e cinco deputados. O congresso deverá realizar-se em janeiro.

Entretanto, o ex-deputado Filipe Lobo d’Ávila, do grupo ‘Juntos pelo Futuro’, que está “em reflexão” sobre uma candidatura à liderança do CDS, defendeu hoje a refundação do partido. “É preciso recuperar o partido, as estruturas do partido. É preciso refundar o partido para ter melhores resultados que estes [nas legislativas de 06 de outubro]”, afirmou aos jornalistas Filipe Lobo d’Ávila, à entrada para a reunião do conselho nacional do partido, na sede nacional dos centristas, em Lisboa.

Lobo d´Ávila acrescentou que quer ouvir os conselheiros “e o partido” na reunião de hoje, e defendeu que é preciso perceber “as razões, corrigir erros e encontrar um caminho que permita reerguer o CDS”. O ex-deputado afirmou que está a analisar as “circunstâncias pessoais, profissionais e políticas” de uma eventual candidatura e recusou a ideia de que não estar no parlamento possa ser uma desvantagem.

Os “dois dos principais líderes do CDS nos últimos 30 anos”, Manuel Monteiro e Paulo Portas, “não eram deputados quando foram eleitos presidentes” do partido, recordou.

O conselho nacional vai marcar o congresso para escolher o sucessor de Assunção Cristas, que se demitiu da liderança devido aos resultados nas eleições, em que a bancada passou de 18 para cinco deputados, com 4,2% dos votos.

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