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Presidente da Lusa promete voltar a propor reforço de jornalistas, depois do chumbo do Estado

O Estado, que é o maior acionista da agência de notícias, obrigou a cortes de 490 mil euros no orçamento para 2017.
  • Agência Lusa
27 Julho 2017, 07h15

A presidente do conselho de administração da agência de notícias Lusa vai voltar a propor o reforço do quadro de jornalista da empresa no próximo ano, depois de o Estado ter chumbado essa pretensão em 2017 e de ter obrigado a um corte nos gastos com pessoal.

O Estado, que é o maior acionista da Lusa, tinha subordinado a aprovação do orçamento e do plano de negócios da empresa para este ano à redução de 240 mil euros em gastos com o pessoal e 250 mil euros no fornecimento de serviços externos.

Numa nota interna enviada aos trabalhadores da empresa, a que o Jornal Económico teve acesso, a presidente da agência Lusa, Teresa Marques, diz que os cortes ordenados “têm como consequência adiar, à semelhança do que já havia acontecido em 2016, a contratação de novos jornalistas, para reforço da estratégia digital em curso e de novos correspondentes para o reforço das redes nacional e internacional”.

“Não posso deixar de manifestar a preocupação do conselho de administração por, em 2016 e também em 2017, não ter sido possível reforçar a contratação de novos recursos humanos necessários para o alargamento do posicionamento da Lusa, quer no território nacional, quer a nível mundial, bem como para corresponder às necessidades de um ambiente digital característico dos meios de comunicação social modernos”, refere na nota enviada aos trabalhadores da empresa.

Assim, promete voltar a propor o reforço do quadro de jornalistas e da rede de correspondentes, no orçamento para 2018, que será apresentado até ao final de outubro.

“Uma vez mais iremos prever, no PAO [no plano de atividades e orçamento] para 2018, a apresentar até 31 de outubro deste ano, o reforço de jornalistas para o quadro, bem como novos correspondentes no território nacional e internacional conforme estratégia definida no CPSNIIP e aprovada pelas tutelas setorial e financeira, desde 2016”, refere.

Numa avaliação do primeiro semestre, Teresa Marques diz que, apesar da falta de investimento, foi possível dar continuidade a projetos, nomeadamente o projeto financiado pela Google e a construção do novo site, que “verá a luz do dia, como previsto, no último trimestre do ano”.

Aponta, também, que a empresa perdeu 17 clientes nos primeiros seis meses do ano, mas angariou outros tantos. No entanto, regista um desvio negativo de 0,6% das receitas próprias.

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