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Presidente da Microsoft: “Tenho esperança de que 2021 seja o ano da lei de privacidade nos Estados Unidos”

Brad Smith referiu esta quinta-feira que as “as boas notícias são que os governos estão a agir mais rápido”, apesar de esse avanço estar a acontecer a diferentes velocidades no mundo.
  • Cody Glenn/Web Summit
3 Dezembro 2020, 20h45

O presidente da Microsoft disse esta quinta-feira que o futuro passará pelo equilíbrio entre o quotidiano e o trabalho remotos e as atividades presenciais, porque “nem se tudo se pode fazer por trás de um ecrã”. É o caso da telemedicina, que trouxe eficiência, conveniência e irá reduzir os custos da saúde, mas requer interação cara-a-cara.

“Aquilo que provavelmente veremos é que algumas mudanças são absolutamente permanentes e outras serão talvez um pouco mais temporário. Eu acho que o mundo de 2019 está definitivamente acabado e, provavelmente, daqui a um ano e, certamente, em 2022 como é que é um ambiente mais sustentável”, explicou Brad Smith, num Q&A na Web Summit.

Brad Smith está na Microsoft desde que o Windows 95 era um mero projeto de código designado “Chicago” e lidera trata questões de privacidade, segurança, acessibilidade, sustentabilidade ambiental e inclusão digital na empresa norte-americana de software.  O advogado norte-americano tem sido uma presença regular em quase todas as edições da Web Summit.

Questionado sobre como é que os governos poderão atuar mais rapidamente para responder à transformação digital – uma ideia presente no seu último livro, “Tools and Weapons: The Promise and the Peril of the Digital Age” –, o executivo da Microsoft destacou que “as boas notícias são que os governos estão a agir mais rápido”, apesar de esse avanço estar a acontecer a diferentes velocidades no mundo.

“Vemos mais leis de privacidade serem adotadas. Estou esperançoso de que 2021 será o ano em que veremos uma lei nacional de privacidade implementada nos Estados Unidos. Vemos mais governos a ter em conta salvaguardas em torno do reconhecimento facial”, afirmou o ainda diretor jurídico da Microsoft, em declarações na cimeira tecnológica que este ano é 100% digital. Em causa está o facto de os Estados Unidos não terem uma regulação sobre a privacidade como há, por exemplo, na União Europeia com o Regulamento Geral da Proteção de Dados.

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