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Presidente do Banco Alimentar defende mais apoios para as famílias

Isabel Jonet considera fundamental que as pessoas que já requereram à situação de lay-off possam ter acesso a esses apoios, sublinhando que em Portugal existe um milhão de pessoas que vive com menos de 250 euros por mês e dois milhões que vivem com menos de 450 euros por mês.
4 Junho 2020, 10h32

A presidente do Banco Alimentar contra a Fome Isabel Jonet defende o aumento do apoio às famílias devido à crise económica criada pela pandemia da Covid-19, numa entrevista à rádio Renascença e ao Público.

“É preciso dar dinheiro às pessoas até para gerar riqueza na economia. Tem que se ajudar as pessoas, dando verbas com os controlos que sejam necessários embora no início é preciso aligeirar [o controlo]. É preciso, por exemplo, que todas as pessoas que já requereram a situação de lay-off ou apoios e que estão desesperadas, há três meses, à espera possam ter acesso a isto até para terem balões de oxigénio que gerem alguma esperança”, destaca Isabel Jonet.

“Também é bom não esquecer que, em Portugal, temos 4,5 milhões de pensionistas. Há aqui um conjunto de pessoas que podem ser consumidores que também se pode ajudar a dinamizar a economia”, acrescenta.

“Em Portugal, há 1 milhão de pessoas que vive com menos de 250 euros por mês e dois milhões que vivem com menos de 450 euros por mês. Agora, houve muitos que ficaram com zero”, lembra Isabel Jonet.

A presidente do Banco Alimentar aponta que a subida das rendas nos últimos anos tem provocado uma crise de habitação. “Na margem sul, com a subida de rendas, os bairros muito difíceis e degradados, como o Segundo Torrão que teve um acréscimo do número de barracas muito substancial. Voltou a haver barracas em Lisboa porque as pessoas tiveram que largar a sua casa e vivem em condições muito precárias”, alerta na entrevista.

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