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Presidente do Turismo do Norte detido por viciação de contratos públicos

Melchior Moreira é um dos cinco detidos no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública.
18 Outubro 2018, 14h04

O presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, é um dos cinco detidos no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública, disse à agência Lusa uma fonte policial.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje cinco pessoas e realizou buscas em entidades públicas e sedes de empresas no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública no valor de vários milhões de euros.

Em comunicado, a PJ refere que os cinco detidos no âmbito da designada operação “Éter”, estão indiciados por crimes de corrupção e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.

“A investigação, centrada na atividade de uma pessoa coletiva pública, determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular, assinala a PJ, através da sua Diretoria do Norte.

Além de Melchior Moreira, foram detidas mais duas pessoas associadas ao Turismo Porto e Norte de Portugal, além de dois empresários, indica a edição online do Correio da Manhã.

Na operação policial realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo e estiveram envolvidos 50 elementos da Polícia Judiciária, incluindo inspetores, peritos informáticos e peritos financeiros e contabilísticos.

A investigação, refere a polícia, prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 42 e os 54 anos, sendo três dirigentes de entidade pública e dois empresários, vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

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