O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, assinou hoje um decreto em que declara o estado de exceção em todo o país.
A medida vem na sequência do apresamento pela Rússia, no domingo, de três navios da Armada da Ucrânia no mar Negro.
O estado de exceção estará em vigor até 25 de janeiro de 2019, embora possa ser levantado a qualquer momento, segundo explicou o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia.
O decreto presidencial, que não se traduz na mobilização obrigatória de tropas, terá ainda de ser aprovado pelo Rada Suprema, o parlamento da Ucrânia.
Tensão aumenta
Foi convocada para hoje de manhã uma reunião de emergência das Nações Unidas para debater o aumento da tensão entre a Rússia e a Ucrânia – depois de os acontecimentos de ontem terem voltado a colocar os dois países numa situação de confronto armado iminente. A ONU quer precisamente que essa iminência seja parada de imediato e que os dois países decidam sem o recurso às armas mais um episódio nas suas belicosas fronteiras.
Recorde-se que a Rússia capturou este domingo três navios ucranianos na costa da Crimeia, após ter aberto fogo contra as embarcações e ferido alguns dos seus ocupantes. Moscovo alega que as embarcações entraram sem autorização em águas territoriais russas e que não reponderam ao apelo para pararem.
O serviço federal de segurança russo (FSB) declarou que seus barcos de patrulha de fronteira capturaram os navios ucranianos no Mar Negro e usaram armas para forçá-los a parar, informaram as agências de notícias russas.
O FSB disse que foi forçado a agir porque os navios – dois pequenos navios de artilharia blindados e um rebocador – porque perigosamente. “As armas foram usadas com o objetivo de parar os navios de guerra ucranianos”, disse o serviço de segurança em comunicado. “Como resultado, todos os três navios da marinha ucraniana foram apreendidos nas águas territoriais da Federação Russa no Mar Negro”.
A Ucrânia negou e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que vai propor ao parlamento a declaração da lei marcial no país, o que restringirá as liberdades civis e dará maior poder às instituições estatais.
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