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Primeira-dama de Cabo Verde diz que país está preparado para mulher presidente

“Já tivemos no Governo, podemos ter mulheres presidentes nos parlamentos municipais, nacionais, podemos ter uma candidata a Presidente da República, o povo está preparado para isso, falta é a dinâmica que impulsione que isto venha a acontecer”, realçou Lígia Fonseca.
11 Fevereiro 2019, 10h00

A primeira-dama de Cabo Verde afirmou recentemente que a sociedade cabo-verdiana está preparada para ser liderada por uma mulher Presidente da República, mas que faltam dinâmicas que impulsionem essa possibilidade, apelando a uma maior participação das mulheres na vida política.

Lígia Fonseca fez estas declarações à imprensa, à margem da ‘conversa aberta’ sobre a “participação das mulheres na vida política”, um evento dirigido às mulheres nacionais e estrangeiras, promovido pela Associação “Kabas di Terra”, na Igreja do Nazareno, no bairro de Alto da Glória, Cidade da Praia.

Questionada sobre se tem havido ações que promovam um maior impulsionamento e participação das mulheres na vida política, Lígia Fonseca disse que tem havido vários espaços de discussão e debate sobre as várias questões ligadas à participação da mulher na sociedade, lembrando sobre a discussão da Lei da Paridade em Cabo Verde.

“Não tenho dúvida alguma de que a sociedade cabo-verdiana está preparada para aprovação da lei da paridade (…). Já tivemos no Governo, podemos ter mulheres presidentes nos parlamentos municipais, nacionais, podemos ter uma candidata a Presidente da República, o povo está preparado para isso, falta é a dinâmica que impulsione que isto venha a acontecer”, realçou.

Lígia Fonseca salientou a importância da aprovação dessa lei frisando, entretanto, que a mesma fará sentido se os destinatários, neste caso as mulheres, participarem porque sustentou, “não vale a pena ter uma lei que diz que tem que ter a participação igualitária de homens e mulheres nos processos eleitorais se as mulheres não estiverem sensibilizadas, realmente, para isso”.

No seu entender, essa lei tem que ir ao encontro de uma vontade.mulher A seu ver, as mulheres têm que sentir confortadas, apoiadas e, acima de tudo, têm que ser formadas e informadas para poderem participar nos momentos que são chamadas a intervir, participando nos processos eleitorais.

A primeira-dama defendeu, no entanto, que as mulheres devem participar ativamente nas suas comunidades e cidades onde residem. “Quando as mulheres virem outras participarem, estamos a ser exemplos para as mais jovens. As mulheres são chamadas a opinar e isto é uma bola de neve que vai nos levar para aquilo que nós queremos: homens e mulheres a participarem de igual forma na construção das melhores soluções para o desenvolvimento do país”, disse.

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