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Primeiro ano de mandato de João Leão “segue uma linha de continuidade traçada pelo antecessor”, diz CTP

Francisco Calheiros faz “um balanço positivo num cenário de exceção”, considerando o primeiro ano de mandato do ministro de Estado e das Finanças segue uma linha de continuidade traçada pelo antecessor Mário Centeno. E alerta para gestão das cativações e o equilíbrio que João Leão terá de encontrar para manter apoios essenciais à recuperação das empresas e do emprego, “sem comprometer seriamente” a despesa pública e o défice.
15 Junho 2021, 09h30

Ao fim de um ano de mandato de João Leão à frente das Finanças, patrões e sindicatos reconhecem a peculiaridade e exigência dos tempos, mas não deixam de apontar lacunas na resposta do Ministério à crise pandémica e aos problemas estruturais do país. A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) realça que as principais medidas de apoio ao emprego como o lay-off foram essenciais numa primeira fase da pandemia para evitar uma escalada do desemprego. O líder da CTP faz “um balanço positivo num cenário de exceção”, considerando o primeiro ano de mandato do ministro de Estado e das Finanças segue uma linha de continuidade traçada pelo antecessor Mário Centeno. E alerta: o grande desafio terá de ver com a gestão das cativações e o equilíbrio que João Leão terá de encontrar para manter apoios essenciais à recuperação das empresas e do emprego, sem comprometer seriamente a despesa pública e o défice.

Quais são as principais marcas que destaca do primeiro ano de João Leão à frente do Ministério das Finanças?

De uma forma geral, o primeiro ano de mandato do Ministro de Estado e das Finanças segue uma linha de continuidade traçada pelo antecessor no que se refere à política orçamental e visão macroeconómica do país. As marcas que deixa nesta fase dizem diretamente respeito às medidas excecionais tomadas neste cenário de pandemia em que ainda nos encontramos. Não identifico ainda marcas distintivas na sua governação.

No contexto da crise pandémica, quais as principais medidas que foram tomadas para atenuar os seus efeitos negativos ao nível do crescimento económico e emprego? Foram suficientes?

As principais medidas foram as de apoio ao emprego, como o lay-off, o apoio simplificado às microempresas, o apoio à retoma progressiva, o programa Apoiar, etc. Foram essenciais numa primeira fase da pandemia para evitar uma escalada do desemprego.

Qual é o balanço que faz do primeiro ano de João Leão à frente das Finanças?

Um balanço positivo num cenário de exceção. Diria que os próximos meses – quando chegarem os fundos europeus e quando se iniciar efetivamente o programa de recuperação do país – serão decisivos para fazer uma análise mais correta e rigorosa do seu desempenho.

Quais são os principais desafios que o ministro das Finanças vai enfrentar nos próximos 12 meses e até ao fim do mandato?

O grande desafio terá que ver com a gestão das cativações e o equilíbrio e flexibilidade que terá de encontrar para manter apoios essenciais à recuperação das empresas, do emprego e do empreendedorismo, sem comprometer seriamente a despesa pública e o défice.

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