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Primeiro-ministro anunciou a Carlos Costa que vai propor Centeno para Governador do Banco de Portugal

Na reunião com o governador do Banco de Portugal, o primeiro-ministro confirmou a escolha de Mário Centeno para o suceder. Na conversa foi ainda abordado o calendário da nomeação de Centeno, e o primeiro-ministro auscultou a disponibilidade de Carlos Costa para se manter provisoriamente, para lá do fim do mandato, que acaba na segunda semana de julho. António Costa prometeu acelerar o processo, mas não se comprometeu com datas.
23 Junho 2020, 13h38

O encontro do primeiro-ministro, António Costa, com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, decorreu em São Bento, nesta segunda-feira. Na conversa, segundo apurou o Jornal Económico, o chefe do Governo disse que o Ministério das Finanças ia propor o ex-titular da pasta para Governador do Banco de Portugal.

Mário Centeno é assim a escolha de António Costa para suceder a Carlos Costa à frente do Banco de Portugal. A escolha de Centeno era já esperada e fica assim confirmada.

Na conversa foi ainda abordado o calendário da nomeação do sucessor, e o primeiro-ministro auscultou a disponibilidade de Carlos Costa para se manter provisoriamente, para lá do fim do mandato, que acaba na segunda semana de julho.

António Costa ter-se-á comprometido em acelerar o processo o máximo possível, mas sem se comprometer com prazos, segundo revelaram fontes ao JE.

Fonte oficial do Banco de Portugal não comentou.

O Governo não se consegue comprometer com uma data para a nomeação de Centeno porque está dependente do calendário da Assembleia da República, pois a escolha do Governador do Banco de Portugal é submetida a uma audição parlamentar prévia e a um parecer não vinculativo.

A intenção de falar com o governador do Banco de Portugal, que se encontra em fim de mandato ao fim de dez anos no cargo, já tinha sido anunciada por António Costa publicamente.

Esta reunião ocorreu antes de António Costa ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a escolha do sucessor de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal, reuniões essas que ainda não estão agendadas, mas que o primeiro-ministro apontou para o final deste mês.

Na semana passada, após a cerimónia da tomada de posse de João Leão como novo ministro de Estado e das Finanças, António Costa admitiu que Mário Centeno “é uma hipótese” para o cargo de governador do Banco de Portugal. E o novo ministro das Finanças, João Leão, falou em “excelente hipótese”.

A lei orgânica do banco central diz que o governador é proposto pelo ministro das Finanças, e a designação é feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças e após audição e emissão de parecer (não vinculativo) por parte da comissão competente da Assembleia da República.

Os restantes membros do Conselho de Administração são designados por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do governador e após audição e emissão de parecer por parte da comissão competente da Assembleia da República, tal como dita a lei atualmente em vigor.

Tal como é já conhecida há uma lei que foi votada na generalidade que pretende impor um período de nojo para quem sai de Ministro das Finanças para governador do Banco de Portugal. A votação na especialidade ficou marcada para o dia 2 de julho, depois do plenário, e a votação final global ficou definida para o dia 3 de julho, antes do fim do mandato do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Mas tal como já noticiou o Jornal Económico, os partidos de esquerda preparam-se para travar a aprovação dessa lei apelidada de anti-Centeno e dessa forma viabilizar a sua nomeação para Governador do Banco de Portugal.

https://jornaleconomico.pt/noticias/esquerda-pode-viabilizar-centeno-no-banco-de-portugal-603009

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