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Primeiro-ministro da Jordânia avisa que o país “vai pagar caro” se a lei tributária apoiada pelo FMI não for aprovada

Omar al Razzaz disse aos deputados que estão a debater a legislação, que um fracasso na aprovação do projeto-lei significará que o país vai ter de pagar taxas de juro ainda mais elevadas sobre a sua dívida externa substancial.
18 Novembro 2018, 14h43

O primeiro-ministro da Jordânia, Omar al Razzaz, deixou um aviso ao reino de que este “vai pagar caro” se o parlamento não aprovar uma nova legislação tributária apoiada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo revela a agência “Reuters”.

Omar al Razzaz dirigiu-se aos deputados que estão a debater a legislação que um fracasso na aprovação do projeto-lei significará que o reino irá ter de pagar taxas de juro ainda mais altas sobre a sua dívida externa substancial. Esta lei promove a justiça social no combate aos mais ricos, bem como aqueles que fogem aos impostos empresariais de longa data, mas os deputados da oposição argumentam que isso irá prejudicar a economia já estagnada e diminuirá o ordenado da classe média.

O Governo enviou o projeto-lei ao parlamento no passado mês de setembro depois de retirar a proposta apresentada pelo anterior Governo, que desencadeou vários protestos durante o verão. No início deste ano, a Jordânia aumentou o imposto geral sobre as vendas e retirou o subsídio do pão como parte de um plano fiscal de três anos acordado com o Fundo Monetário Internacional, que visa cortar a dívida pública de 32 mil milhões de euros, o equivalente a 95% do Produto Interno Bruto (PIB).

Uma eventual rejeição desta legislação tributária elevaria ainda mais os custos dos serviços em 1,2 mil milhões de euros da dívida externa, aumentando a perspetiva das agências de rating baixarem as classificações do crédito da Jordânia, referiu Omar al Razzaz.

“Vamos pagar um preço elevado se não aprovarmos esta lei”, referiu o primeiro-ministro da Jordânia.

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