Depois da Organização Internacional de Aviação Civil (OIAC) ter encorajado as companhias aéreas a “atualizarem” os materiais e os combustíveis utilizados nos seus aviões, eis que surge o primeiro teste concreto do que poderá ser uma realidade no futuro, o primeiro avião 100% elétrico produzido pela empresa australiana ‘magniX’ em conjunto com ‘HarborAir’ companhia de férry’s aéreos do Canadá. O voo de teste durou 15 minutos, segundo o “The Guardian”.
O avião elétrico utilizado é um DHC-2 Havilland Beaver, com 62 anos e totalmente modificado, à exceção da carroçaria, para incluir um motor elétrico de 750 cavalos. Foi pilotado por Greg McDougall, fundador e presidente executivo da HarborAir, que sobre a experiência disse “para mim foi como voar um Beaver normal mas com esteróides elétricos”.
Roei Ganzarski, presidente executivo da magniX, afirmou que a tecnologia “pode significar a poupança de milhares de euros para as companhias aéreas e zero emissões de dióxido de carbono”, o que na sua opinião “é o início da nova era da aviação”.
A aviação civil é uma das principais indústrias responsável pela emissão de gases de estufa, devido ao aumento do número de pessoas que recorre a este meio de transporte, e à falta de alternativas sustentáveis quer nos combustíveis quer nos componentes utilizados pelas aeronaves.
Este avião elétrico terá de continuar a realizar testes para confirmar que é uma alternativa viável, mas os desafios estão longe de terminar, o motor utilizado com recurso a uma bateria de lítio só permite que o avião percorra 160 quilómetros, uma distância ainda curta para os objetivos da empresa e da OIAC, e adicionalmente terá de ser aprovado e certificado pelos reguladores.
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