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Probe.ly prepara uma nova ronda de financiamento de 525 mil euros

Nuno Loureiro, CEO e co-fundador da ‘startup’ de ‘software’ de segurança aplicacional, explica ao Jornal Económico que vai investir na parte comercial da empresa.
7 Setembro 2018, 11h00

A Probe.ly, empresa de software de segurança aplicacional, prepara uma nova ronda de financiamento de 525 mil euros. A startup portuguesa pretende investir o montante nos novos produtos que vai lançar em setembro e no recrutamento de pessoal. Em entrevista ao Jornal Económico, o CEO explica que o seu produto “nunca está finalizado” e que tem “um roadmapmuito ambicioso”. “Esta nova ronda de investimento é sobretudo para apostar na parte comercial da empresa”, diz Nuno Loureiro, co-fundador da empresa que procura ajudar os programadores a proteger as suas aplicações e códigos.

Com novos produtos a serem lançados até ao início do próximo ano – por exemplo, uma versão «Enterprise» para multinacionais –, irão contratar um business developer, um marketeer e vários técnicos de vendas. Tendo em conta que as empresas portuguesas representam apenas 10% do seu volume de negócios, a aposta continuará a ser o mercado inglês, a maior das geografias onde opera. “Não temos setores onde atuemos mais, mas temos algumas coincidências engraçadas na lista de primeiros clientes: a RTP e a BBC, empresas de media”, adianta ao semanário.

Do Sapo à Bright Pixel

Nuno Loureiro criou a sua primeira empresa em 1999, quando ainda estava a frequentar a licenciatura na Universidade do Algarve. O jovem empreendedor tinha 60 metros quadrados que o Centro de Apoio à Criação de Empresas (CACE) lhe ofereceu para arrancar o negócio, que não passou de uma experiência para contar. “A empresa ainda existe, mas apanhámos o rebentar da bolha tecnológica e éramos muitos sócios. As coisas deixaram de funcionar tão bem”, confessa o co-fundador da Probe.ly. De Faro a Lisboa, foram uns softwares de distância, suficientes para o fazer trocar a brisa do mar pelas ruas da Baixa, onde está instalada a equipa da Probe.ly. Uma sala com computadores, um pátio que se confunde com o de um hostel e (muitos) cafés e noodles na copa – está montada a sede na Bright Pixel, a fábrica de startups da Sonae.

Alguns dos colaboradores que atualmente compõem a empresa conheceram-se no portal Sapo, onde Nuno Loureiro era responsável pela equipa de segurança. A Portugal Telecom tinha uma equipa de segurança transversal, para sistemas e redes, mas havia uma necessidade de criar uma equipa focada na segurança das aplicações.

“Assim que terminei o mestrado, criei a equipa de segurança aplicacional do Sapo, em 2010. Um dos problemas que nós tínhamos era de escala. De um lado, centenas de programadores a fazer código todos os dias ou a a lançar novas versões das suas aplicações Web. De outro, menos de uma dezena a testar o código produzido por 100”, confessa. Segundo o fundador da tecnológica, a subárea de segurança aplicacional é uma mais-valia porque permite atuar lado a lado com os programadores, acompanhar o processo de desenvolvimento do software e vai realizar testes periódicos.

A resolução do problema de escala passava por automatizar o processo ou arranjar ferramentas para que os próprios programadores pudessem para, pelo menos, poderem realizar testes de segurança. “Tentámos automatizar e foi aí que nasceu a Probe.ly”, conta o ex-programador do portal Sapo.

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