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“Problema do Real Madrid chama-se Cristiano Ronaldo”, dizem em Espanha

Saída do português para a Juventus deixou o clube espanhol órfão de uma média de 50 golos por época, algo com que nem Zidane ou Lopetegui souberam lidar. Português deixou uma “cratera” em Madrid, dizem em Espanha.
22 Outubro 2018, 16h29

Afinal, a culpa da má fase do Real Madrid não é de Julen Lopetegui, mas sim de… Cristiano Ronaldo. Esta é pelo menos a visão transmitida no jornal “El País”, num artigo publicado esta segunda-feira, 22 de outubro, no qual é analisada a situação vivida pelo clube madrileno.

O ex-treinador do Futebol Clube do Porto é o 12º na ‘era’ de Florentino Perez como presidente do clube e cujo lugar encontra-se em risco. De resto, após a derrota com o Levante no último fim-de-semana (que deixou o Real Madrid no 7º lugar a quatro pontos do FC Barcelona, com quem joga no próximo domingo) Julen Lopetegui teve uma reunião de emergência com o Florentino Perez, tendo ficado acordado que ficaria no cargo pelo menos até ao jogo da Liga dos Campeões, desta terça-feira, frente ao Viktoria Plzen.

No entanto, segundo o “El País” o grande problema dos ‘merengues’ prende-se com a saída de Cristiano Ronaldo para a Juventus. Uma transferência que custou ao Real a perda de uma média de 50 golos por temporada, sendo esse o principal desafio que o clube enfrenta.

Um facto que talvez tenha levado Zinedine Zidane a antecipar a sua saída no final da época e com o qual Julen Lopetegui não tem conseguido lidar, da mesma forma que na Catalunha será uma tarefa ‘hercúlea’ a de quem tiver de orientar um Barcelona sem Leonel Messi.

Depois de não ter conseguido contratar Neymar, para “tapar a cratera” deixada pelo jogador português, Florentino Perez está agora preocupado em encontrar um sucessor para Lopetegui, que de acordo com o “El País” não teve “a capacidade de avaliar que com CR7 estavam prestes a ‘voar’ 50 golos anuais”, de tão “fascinado” que ficou com a proposta do Real Madrid, que o fez abandonar a seleção espanhola na véspera de se estrear no mundial da Rússia.

Também o processo de escolha dos treinadores é apontado como um factor problemático no clube madrileno. Com 15 anos de ‘Florentismo’, o “El País” diz que ainda não é possível traçar um perfil ideal de treinador para o Real Madrid, falando nos antigos onze treinadores que passaram pelo clube, como são os casos dos portugueses Carlos Queiroz e José Mourinho.

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