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Problemas financeiros do clube determinam saída de Lionel Messi do Barcelona

Um novo contrato com o jogador argentino “não pôde ser formalizado devido a obstáculos económicos e estruturais (regulamentos da LaLiga)”, informou o clube.
  • Leonel Messi
5 Agosto 2021, 20h50

Lionel Messi não continuará a sua carreira no Barcelona. O novo contrato, segundo fontes do clube e da família doo jogador, citadas pelo jornal El Pais, já havia sido firmado informalmente desde o último dia 12 de julho, mas esta quinta-feira à tarde, após a última comunicação por telefone com o pai do jogador e o presidente da entidade do Barça, Joan Laporta, o pacto foi rompido.

“Apesar de ter chegado a um acordo entre Barcelona e Leo Messi e com a clara intenção de ambas as partes de assinarem hoje (quinta-feira) um novo contrato, este não pode ser formalizado devido a obstáculos económicos e estruturais (regulamento LaLiga espanhola)”, informou o Barcelona oficialmente.

Jorge Messi chegou a Barcelona esta quinta-feira depois das férias e tudo estava preparado para oficializar o novo contrato com o Barça, o décimo da sua carreira. No entanto, tudo desmoronou depois de o presidente do Barça informar Jorge Messi que o clube não poderia registar o contrato que havia acordado em julho e que os advogados de ambas as partes haviam concluído na semana passada. “Ambas as partes lamentam profundamente que, finalmente, os desejos do jogador e do clube não possam ser satisfeitos”, diz o comunicado.

Depois de gastar cerca de 506 milhões de euros com os salários da primeira equipa na temporada passada, a LaLiga limitou as despesas do Barça a 347 milhões para o ano de 2021-2022, valor que pode aumentar após o acordo da LaLiga com o fundo internacional de investimentos CVC, que injetaria cerca de 284 milhões nos cofres do clube.

No Barça, no entanto, os dirigentes estavam céticos em relação ao pacto. “Trata-se de vender os direitos da televisão durante 40 anos”, afirmam fontes da entidade catalã, que indica que 70% destas novas receitas têm de ser alocadas à infraestrutura (Espai Barça), 15% para reduzir a dívida (de 1.173 milhões) e os restantes 15% para salários da equipa principal.

O último salário de Messi, entre fixo e variável, era de 138 milhões, um compromisso impossível de assumir face às limitações do clube e, sobretudo, na delicada situação económica que este atravessa.

Segundo fontes da negociação citadas pelo mesmo jornal, Messi aceitava um corte de 50% no salário e o clube, em troca, ofereceu-lhe um contrato de cinco anos. Já estava acertado como seria o pagamento do bónus argentino: 20 milhões na primeira temporada para que o Barcelona acomodasse a massa salarial, um forte aumento na segunda temporada e voltaria a cair nas últimas três. Aparentemente, nada disso é agora possível.

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