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Procura externa mais fraca leva BCE a cortar estimativas para a zona euro

Na conferência de imprensa após a reunião dos Governadores do BCE, Mario Draghi afirmou que a expansão económica permanece abrangente, mas alertou sobre o aumento do protecionismo, a vulnerabilidade dos mercados emergentes e volatilidade no mercados financeiros.
13 Setembro 2018, 14h34

O Banco Central Europeu (BCE) reviu em baixa ligeira a estimativa para o crescimento económico da zona euro este ano e no próximo, devido principalmente à procura externa. O banco central liderado por Mario Draghi prevê agora que a economia da moeda única expanda 2% este ano, face aos 2,1% projetados em junho, e 1,8% em 2019, face à previsão anterior de 1,9%. Para 2020, a estimativa mantém-se em 1,7%.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Governadores esta quinta-feira, Draghi afirmou que dados recentes e confirmam a continuação de uma expansão económica abrangente e de uma subida gradual da inflação. Adiantou, contudo, que a revisão em baixa das previsões do crescimento deve-se principalmente à procura externa “que está algo mais fraca”.

Draghi adiantou ainda que a força subjacente da economia continua a dar confiança ao BCE que a convergência da inflação para a meta de perto mas abaixo de 2% irá continuar mesmo após o fim gradual do fim do programa de compras líquidas de ativos.

Segundo o plano que o BCE reiterou esta quinta-feira, as compras líquidas terminarão no final deste ano, após uma redução do valor para metade, ou seja para 15 mil milhões de euros por mês, no quarto trimestre. O BCE manteve inalteradas as previsões para a subida dos preços, de 1,7% este ano e nos dois seguintes.

O italiano salientou, contudo, que “as incertezas relacionadas com o aumento do protecionismo, as vulnerabilidades nos mercados emergentes e a volatilidade nos mercados financeiros ganharam recentemente mais proeminência”.

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