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Procura na venda sindicada de dívida superou os 16 mil milhões de euros

O “apetite tremendo” por esta operação levou o Tesouro a aumentar o montante colocado para 3 mil milhões de euros, face aos 2,5 mil milhões originalmente planeados, explicou o IGCP.
  • Cristina Bernardo
11 Abril 2018, 19h45

O Tesouro atraiu forte procura numa venda sindicada de dívida a 15 anos esta quarta-feira, com o order book a superar os 16 mil milhões de euros, afirmou o IGCP-Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

O organismo liderado por Cristina Casalinho confirmou, em comunicado, que colocou 3 mil milhões de euros com maturidade em abril de 2034, a uma taxa de 2,325%.

“A transação beneficiou de uma forte procura dos investidores como ficou expresso no livro de ordens final, que ficou acima dos 16 mil milhões de euros, o que permitiu a Portugal obter um preço para a nova linha num spread de midswaps mais 102 pontos base, abaixo dos 105 pontos base indicados no início da operação”, referiu o IGCP.

“Portugal escolheu aumentar a transação para 3 mil milhões de euros da meta original de 2,5 mil milhões de euros, para satisfazer o apetite tremendo por esta operação, enquanto mantém a capacidade de fornecer liquidez à curve via leilões no resto do ano”, explicou.

O IGCP adiantou que a procura total incluiu 1.520 milhões de euros da parte dos seis joint lead managers da venda. O Tesouro mandatou o Barclays, o Caixa Banco de Investimento, o Deutsche Bank, o HSBC, o Morgan Stanley e o SG CIB para gerir a colocação.

“A operação correu bem para o Estado português , mas também para os investidores que compraram com um prémio (‘desconto) face aos preços de mercado”, referiu Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

“Teoricamente, estas obrigações até deveriam subir um pouco. Se numa emissão que vence em 2037, o Estado português está a pagar uma taxa yield de 2,35%, esta emissão, que matura três anos antes, em 2034, a taxa foi de 2,325%, mas a verdade é que vai ter que ser o mercado a decidir quanto é que está disposto a pagar para ter esta dívida”, explicou.

[Atualizada às 19h58]

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