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Produção de seguro direto cresceu 11,7% para mais de 12,9 mil milhões no ano passado

Os dados provisórios da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões considerou que o crescimento do volume de produção de seguro direto contribuiu para o reforço da solidez financeira das empresas que operam em Portugal. Seguro de vida e Acidentes de Trabalho foram os que mais cresceram em 2018.
  • Cristina Bernardo
22 Janeiro 2019, 17h21

A produção de seguro direto em 2018 aumentou 11,7% face ao ano anterior, ascendendo a 12,9 mil milhões de euros. Os dados (provisórios) foram divulgados, em comunicado, pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o regulador da atividade de seguros, e considerou que os resultados foram “muito positivos”.

A ASF revelou ainda que o aumento da produção de seguros contribuiu “para o reforço da solidez financeira que operam no mercado nacional e evidenciam a capacidade do setor segurador em acompanhar a dinâmica de crescimento da economia e garantirem a solidez financeira”.

Analisando por ramos, o ramo Vida registou um crescimento de 14,5% em relação a 2017, para 8.114 milhões de euros, e representou cerca de 63% do mercado de seguro direto em 2018. A ASF esclareceu que esta evolução se deveu ao crescimento em 29,5% dos seguros de vida não ligados a fundos de investimento, enquanto os seguros ligados a fundos de investimento, em que o risco é do tomador do seguro, recuaram 19,2%.

No que diz respeito aos planos de poupança reforma, a ASF destacou “a particular evolução”, uma vez que apresentaram um crescimento de 55,5%. “A evolução destes produtos vocacionados para a poupança de médio e longo prazo parecem confirmar a confiança que os portugueses depositam no setor e de fundos de pensões para gerir as suas poupanças”, salientou a ASF.

O ramo não vida também cresceu em 2018, para 4.827 milhões de euros, o que representa uma variação positiva de 7,4%, face a 2017. No universo do seguro direto, o ramo não vida representou pouco mais de 37%. “Para a referida evolução, salientam-se as contribuições dos ramos ‘Acidentes e Doença”‘(9,7%), ‘Incêndio e Outros Danos’ (5,4%) e ‘Automóvel’ (6,7%).

Dentro do ramo ‘Acidentes e Doença’, a ASF destacou o crescimento, desde há cinco anos consecutivos, de 13,5% de ‘Acidentes de Trabalho’ em 2018, e também do ‘Seguro de Doença’, que cresceu 7,4% em 2018 e abrangia “mais de 2,7 milhões de pessoas seguras” no anterior.

Quanto ao seguro ‘Acidentes de Trabalho’, a ASF frisou que o crescimento registado no ano passado “é especialmente relevante na medida em que permite a recondução desta modalidade de seguro à situação de equilíbrio técnico”. A ASF recordou “que a situação registada nos seguros de acidentes de trabalho, em resultado da diminuição abrupta dos prémios em paralelo com um acréscimo de risco e da sinistralidade, obrigou [o regulador] a intervir, intensificando as ações de supervisão e impondo planos de recuperação a alguns operadores”.

No que diz respeito ao crescimento dos seguros ‘Automóvel’, a ASF considerou que evidenciou uma recuperação relevante e necessária, tendo em conta a degradação do volume de prémios que se vinha observando nos últimos anos, o que justificou a intervenção da ASF no sentido de alertar formalmente os operadores para a necessidade de garantirem o equilíbrio técnico”.

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