“Revelou-se como grande preocupação, a sustentabilidade futura da fileira do tomate para indústria, tendo em conta os incrementos que se verificam atualmente com a subida significativa do custo de todos os fatores de produção”, apontou, em comunicado, a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP).
As organizações de produtores (OP) estiveram reunidas, em Almeirim, distrito de Santarém, para debater a sustentabilidade financeira do setor.
No total, as 12 organizações associadas da FNOP representam 96% das OP de tomate para indústria de Portugal.
Estas organizações apuraram, a preços atuais, um aumento entre os 1.200 euros e 1.500 euros do custo com os fatores de produção por hectare em 2022, face ao ano passado.
“[…] Além do aumento destes custos, temos também a ameaça de escassez e esgotamento de ‘stocks’ de alguns destes fatores de produção, principalmente fertilizante, aumentando ainda mais a pressão sobre os preços devido a esta possibilidade, e tornando mais difícil colocar em prática diversas operações culturais com nível de exigência técnica já tão elevada”, apontou a federação.
Desta forma, e não havendo previsão de descida de preços dos fatores de produção, a curto prazo, “apenas uma subida do valor a pagar pela indústria poderá evitar uma diminuição acentuada na área de tomate, bem como um abandono ou redução da cultura”, defendeu.
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