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Programas que compraram as golas inflamáveis foram cofinanciados em 75% por dinheiro europeu

As golas inflamáveis e kits de proteção utilizados pela Proteção Civilforam adquiridos pelos programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”, e estão incluídas na lista de despesas das operações aprovadas no programa Portugal 2020.
30 Julho 2019, 15h48

A linha de financiamento europeia Fundo de Coesão cobriu 75% das operações aprovadas no âmbito do Portugal 2020, onde se encontram as despesas relacionadas com as compras das golas inflamáveis e kits de proteção de Proteção Civil, que foram adquiridos pelos programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”

Segundo uma notícia da revista “Sábado”, as despesas das operações aprovadas no programa Portugal 2020 ascenderam a 2,1 milhões de euros, com o Fundo de Coesão a cobrir cerca de 1,6 milhões de euros.

De acordo com a página oficial da Comissão Europeia, o Fundo de Coesão “destina-se aos Estados-Membros cujo Rendimento Nacional Bruto  por habitante seja inferior a 90 % da média da UE” e tem por objetivo “reduzir as disparidades económicas e sociais e promover o desenvolvimento sustentável”, abrangendo, assim, Portugal.

Com um orçamento de 63,4 mil milhões de euros, o Fundo de Coesão atribui financiamentos para as “redes transeuropeias de transportes” e na área do ambiente, apoiando aqui “projetos relacionados com a energia ou os transportes, desde que beneficiem claramente o ambiente em termos de eficiência energética, utilização de energias renováveis, desenvolvimento dos transportes ferroviários, apoio à intermodalidade, reforço dos transportes públicos”, entre outros.

A polémica com as golas inflamáveis estalou quando o “Jornal de Notícias” revelou, na passada sexta-feira, dia 26 de julho, que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) entregou setenta mil golas antifumo, incluídas em kits de socorro aos incêndios, que custaram 125 mil euros aos cofres do Estado.

Esta segunda-feira, Francisco José Ferreira, adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se após ter assumido responsabilidades na escolha pelas empresas que forneceram as golas inflamáveis.

Os contratos com as empresas Foxtrot Aventura e Brain One foram coordenados pela secretaria de Estado da Proteção Civil, sob orientação de Francisco José Ferreira, líder do PS/Arouca e que, antes de integrar o Governo, era padeiro numa pastelaria em Vila Nova de Gaia, propriedade do seu irmão, segundo o JN. Francisco José Ferreira de 30 anos, com o 12º ano de escolaridade, foi nomeado para o Governo em dezembro de 2017.

https://jornaleconomico.pt/noticias/como-surgiu-a-polemica-das-golas-inflamaveis-473006

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