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Proibição das aplicações chinesas Tik Tok e WeChat nos EUA entram em vigor a 20 de setembro

Na prática, qualquer pessoa que esteja a usar o Tik Tok ou WeChat no seu smartphone não verá as aplicações desaparecerem repentinamente. O pedido indica que as aplicações deixarão de estar disponíveis nas respetivas lojas online e qualquer pessoa que já use um dos serviços não receberá atualizações de software.
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18 Setembro 2020, 14h59

Os Estados Unidos (EUA) vão mesmo proibir todos os downloads das aplicações TikTok e WeChat a partir de domingo, dia 20 de setembro, de acordo com uma ordem governamental publicada esta sexta-feira pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, segundo o “Business Insider”.

A 20 de setembro, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos confirmou que proibirá “qualquer prestação de serviço para distribuir ou manter as aplicações móveis WeChat ou Tik Tok, código constituinte ou atualizações de aplicações através uma loja de online nos Estados Unidos.”

Na prática, qualquer pessoa que esteja a usar o Tik Tok ou WeChat no seu smartphone não verá as aplicações desaparecerem repentinamente. O pedido indica que as aplicações deixarão de estar disponíveis nas respetivas lojas online e qualquer pessoa que já use um dos serviços não receberá atualizações de software.

De acordo com um relatório anterior publicado pela “Reuters”, a proibição ainda pode ser rescindida antes de domingo se a Tik Tok finalizar o acordo com a gigante de tecnologia americana Oracle antes de dia 20 de setembro.

A Oracle e a Tik Tok submeteram uma proposta de acordo ao governo dos EUA para aprovação na segunda-feira, com o objetivo de evitar ordens executivas anteriores do presidente Donald Trump que proibiriam a Tik Tok caso os seus negócios nos EUA não fossem vendidos.

“As ações de hoje provam mais uma vez que o presidente Trump fará tudo ao seu alcance para garantir a nossa segurança nacional e proteger os americanos das ameaças do Partido Comunista Chinês”, disse o secretário do Departamento de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, em comunicado à imprensa esta sexta-feira.

“Sob a orientação do presidente, tomámos medidas significativas para combater a coleta maliciosa de dados pessoais de cidadãos americanos pela China, ao mesmo tempo que promovemos os nossos valores nacionais, normas baseadas em regras democráticas e aplicação agressiva das leis e regulamentos dos EUA”, acrescentou Ross.

Em duas ordens executivas emitidas a 6 e 14 de agosto, o presidente Trump caracterizou o Tik Tok e o WeChat como riscos à segurança nacional, porque são propriedade de empresas chinesas.

O governo de Trump acusou a Tik Tok de fornecer dados dos utilizadores norte americanos ao governo chinês. A Tik Tok nega e atualmente está a processar o governo dos Estados Unidos por causa da ordem de proibição, alegando que lhes foi negado o devido processo.

Os pedidos tinham como objetivo forçar a controladora da Tik Tok, a ByteDance, a vender totalmente a operação da Tik Tok nos Estados Unidos. O acordo que chegou agora com a Oracle não é uma venda direta, em vez disso, a Oracle ficaria com uma participação maioritária na Tik Tok e seria designada como o seu “provedor de tecnologia confiável” nos Estados Unidos.

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