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Projeto de 31 milhões de euros para proteção florestal vai beneficiar 15 mil hectares

O projeto terá em conta também a redução do risco de incêndio, com a diversificação e combinação de espécies, criação de faixas de gestão de combustível e vigilância regular.
29 Novembro 2021, 17h43

Uma área de 15 mil hectares, do norte e centro do país, vai beneficiar de um projeto de 31 milhões de euros para investir na proteção florestal, com uma gestão mais eficiente e mais biodiversidade, foi hoje anunciado.

O projeto terá em conta também a redução do risco de incêndio, com a diversificação e combinação de espécies, criação de faixas de gestão de combustível e vigilância regular.

O investimento de proteção florestal, em partes iguais, é o resultado de uma parceria entre a Fundação Gulbenkian e a empresa Efanor Investimentos, que vão intervir nos próximos anos nos 15 mil hectares a partir do arrendamento de terrenos.

“O projeto, caracterizado pelo investimento em Floresta Produtiva Biodiversa em Portugal, aposta numa gestão florestal mais eficiente, na promoção da biodiversidade e dos serviços de ecossistemas, no elevado sequestro de carbono, na diversificação da paisagem e na criação de mosaicos, por oposição à floresta contínua”, explica-se num comunicado hoje divulgado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Para reduzir o risco de incêndio vão ser combinadas espécies como o pinheiro-bravo e o sobreiro mas também os carvalhos e o medronheiro, entre outras.

O investimento, diz a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, citada no comunicado, “contribui ativamente para o importante compromisso assinado recentemente por 105 países na COP26 [cimeira mundial do clima], incluindo Portugal, para travar a desflorestação e deterioração do uso do solo até 2030”.

E Paulo Azevedo, presidente da Efanor, também citado no comunicado, diz que se espera “ter encontrado o modelo com retorno económico, ambiental e social para a floresta do centro e norte de Portugal”.

“Este investimento servirá para o comprovar e, posteriormente, o poder alargar significativamente”, acrescentou.

O modelo de investimento, resumem os responsáveis no comunicado, visa a criação de retorno financeiro, social e ambiental através da gestão florestal ativa e da redução do risco de incêndio, da promoção da biodiversidade e captura de carbono, da diversificação dos usos do solo, e da produtividade florestal, através da tecnologia e inovação.

E permite também reforçar as economias locais e valorizar os territórios e as suas comunidades.

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