Propostas de reformas antecipadas já começaram no Banco Montepio

A revelação foi feita pelos sindicatos Mais Sindicato e Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) – os trabalhadores elegíveis estão a ser contactados por email, avisando-os de que o banco lhes fará uma proposta de reforma antecipada.

Os dois sindicatos dirigem-se aos seus associados apelando a que “não assinem qualquer documento até estarem
totalmente esclarecidos”.

No âmbito do programa de redimensionamento do quadro de pessoal através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo  a administração iniciou agora o contacto com os trabalhadores elegíveis para a reforma antecipada. Segundo as duas estruturas sindicais, esses trabalhadores receberam já um email dos Recursos Humanos, informando-os de que seriam chamados para uma reunião com o objetivo de lhes serem apresentadas as condições de reforma proposta pelo banco.

Recorde-se que o plano de transformação do Banco Montepio entregue aos trabalhadores dia 6 outubro e prevê a saída de, pelo menos, 600 pessoas, e um máximo de 900, através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo.

Os Sindicatos deram conta do plano aos seus associados no dia 24 de setembro, após reunião com o Montepio.

“Sendo este um tema desconhecido da maioria dos bancários, o Mais Sindicato e o SBC alertam que após a reunião e na posse da documentação, é fundamental que os trabalhadores analisem e esclareçam todas as dúvidas antes de tomar uma decisão. Ou seja, só depois de devidamente esclarecidos devem comunicar a sua decisão ao banco – porque estar informado hoje pode evitar surpresas desagradáveis no futuro”, avisam os sindicatos.

“Os trabalhadores do Montepio podem contar com o Mais Sindicato e o SBC para defender os seus interesses”, concluem no comunicado.

O Banco Montepio comunicou internamente a 25 de setembro que “estão previstas saídas de trabalhadores por reforma antecipada e rescisões por mútuo acordo”. E que o reajustamento do quadro de pessoal também abrange os trabalhadores que pretendam ficar no banco, estando a ser equacionadas “oportunidades de carreia profissional interna recompensadora e motivadora”, onde estarão a ser trabalhadas novas formas de trabalho, como o trabalho parcial, trabalho remoto e outras alternativas. Este reajustamento prevê ainda “medidas de promoção de formação e reinserção no mercado de trabalho e de eventuais iniciativas empresariais autónomas por parte dos colaboradores que pretendam enveredar por esse caminho”.

O programa de reajustamento vai desenrolar-se num quadro plurianual, isto é, ao longo de vários anos.