Alexander Prokopchuk, um antigo major-general do Ministério do Interior russo, deverá ser eleito presidente da Interpol na próxima semana, revela este domingo o britânico The Times, citado pelo jornal ‘Observador’. O oficial russo, que é atualmente vice-presidente da agência, aparece como o favorito à corrida apesar dos indícios de que Moscovo tem vindo a usar as agências internacionais para atingir alvos políticos.
A eleição acontece depois da demissão do anterior presidente da Interpol, o chinês Meng Hongwei, que está a ser investigado pelas autoridades chinesas por ter alegadamente aceitado subornos e violado outras leis estatais. Hongwei acabou por cair nas malhas das investigações chinesas contra a corrupção, que têm sido um dos pontos de honra do atual executivo chinês.
De facto, a luta anti-corrupção parece ser um dos assuntos que segue em paralelo à necessidade de a economia chinesa desenvolver os seus ‘tentáculos’ para todas as geografias planetárias. Segundo os observadores, o aumento do comércio com a China só pode ser sustentado se a corrupção estiver fora do circuito dos que se movem em torno do Estado chinês.
A eleição de Meng em 2016 foi vista como um golpe do Partido Comunista Chinês e foi criticada por grupos de direitos humanos que advertiram para o facto de a China poder vir a usar o cargo para facilitar o uso de práticas como as detenções sem acusação. Agora, a eleição do russo Prokopchuk, que é dada como certa pelo Sunday Times, levanta problemas do mesmo género.
A eleição de Prokopchuk, de 56 anos, deverá representar assim uma vitória para o Kremlin, uma vez que a Rússia tem sido criticada por abusar do acesso aos “alertas vermelhos” do sistema internacional, que são na sua maioria mandados de detenção internacional. Em novembro de 2016, o russo Alexander Prokopchuk foi eleito vice-presidente da Interpol.
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