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PS recomenda ao Governo que crie apoios para sistemas antigranizo

Os deputados socialistas lembram que “quase todos os anos se verificam fenómenos atmosféricos extremos”, que têm “gravosos impactos económicos e financeiros na atividade dos agricultores, colocando por vezes em causa a continuidade da atividade”.
8 Fevereiro 2021, 08h17

O grupo parlamentar do PS recomenda ao Governo a abertura de candidaturas para apoiar a instalação de sistemas antigranizo na região da Cova da Beira e Douro Sul.

O projeto de resolução frisa que o Governo deve abrir avisos de apoio para a instalação de sistemas antigranizo, ou de outros sistemas que sejam comprovadamente eficientes e ambientalmente sustentáveis, “de forma a tornar mais resiliente o setor da fruticultura face a fenómenos atmosféricos extremos”.

Os deputados socialistas lembram que “quase todos os anos se verificam fenómenos atmosféricos extremos”, que têm “gravosos impactos económicos e financeiros na atividade dos agricultores, colocando por vezes em causa a continuidade da atividade”.

Na fundamentação, destacam as intempéries registadas nos dias 30 e 31 de maio de 2020 e os consequentes prejuízos registados no setor da fruticultura nos concelhos da Cova da Beira, no distrito de Castelo Branco, bem como na região de Armamar e nos concelhos limítrofes de Moimenta da Beira e Tarouca, no distrito de Viseu.

“A quebra de produção nas parcelas mais atingidas pelo sinistro foi praticamente total e em todas as culturas. Estima-se que nas regiões a quebra na produção rondou os 70 a 90%”, sustentam.

Segundo acrescentam, esses fenómenos meteorológicos determinaram a “perda de todo o ano agrícola” em várias produções com Denominação de Origem Protegida (DOP) e com Indicação Geográfica Protegida (IGP), designadamente a Maçã Bravo de Esmolfe DOP, a Maçã da Cova da Beira IGP, a Maçã da Beira Alta IGP, o Pêssego da Cova da Beira IGP, a Cereja da Cova da Beira IGP e a Cereja do Fundão.

Perante o sucedido, defendem a importância de uma “contínua aposta de políticas públicas no setor agrícola, em concreto no setor da fruticultura mais exposto às alterações climáticas”.

“De forma a evitar sinistros nas diversas culturas, fruto de fenómenos meteorológicos extremos, e consequentemente perda do potencial produtivo e abandono das culturas e dos territórios, é crucial dotar o setor de mecanismos inovadores protetores das culturas, como coberturas de telas antigranizo”, acrescentam.

Ressalvam igualmente que “a implantação de sistemas de cobertura é uma forma eficiente de aliar a constante preocupação dos produtores em reduzir o impacto dos fenómenos adversos e responder às crescentes necessidades de mercado e aos compromissos assumidos”.

Este projeto de resolução foi subscrito pelos deputados Lara Martinho, João Castro, José Rui Cruz, Joana Bento, Ana Passos, Francisco Rocha, Hortense Martins, Lúcia Araújo Silva, Maria da Graça Reis, Norberto Patinho, Nuno Fazenda e Palmira Maciel.

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