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PSA vende menos carros mas aumenta lucros em mais de 12%

A PSA vendeu cerca de dois milhões de viaturas no mundo inteiro mas o mercado chinês continua a ser a o ‘calcanhar de Aquiles’ da empresa liderada pelo português Carlos Tavares.
24 Julho 2019, 13h32

O Grupo PSA, construtor de veículos francês, vendeu menos automóveis no primeiro semestre de 2019 por comparação com o período homólogo, mas o ramo de negócios de automóveis registou um aumento dos lucros em mais de 12%.

A empresa detentora das marcas Peugeot, Citroën, DS e Opel (no Reino Unido continua com o nome da marca original, Vauxhall), vendeu 1,903,370 automóveis no mundo inteiro, no primeiro semestre do ano, o que representa uma variação negativa de 12,8%.

No entanto, em igual período, os lucros do segmento automóvel aumentaram 12,6%, para 2.657 milhões de euros. Em termos consolidados, os lucros do Grupo PSA, que além do negócio core dos automóveis integra, entre outros,  a Faurecia, uma empresa francesa especializada no fabrico de componentes para carros, atingiram os 3.338 milhões de euros, o que significa um aumento de 10,6%. A empresa vendeu carros mais caros e conseguiu diminuir os custos operacionais.

A empresa liderada pelo português Carlos Tavares registou uma margem operacional recorrente recorde para a divisão automóvel de 8,7%. O CEO da empresa reconheceu que foi o “foco na execução do nosso plano estratégico” que permitiu à empresa alcançar “uma forte margem operacional corrente no primeiro semestre”.

No mercado europeu, a PSA diz ter subido a quota de mercado para 17,4%, e aumentou a quota de mercado cinco principais países onde opera – França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido – com um forte aumento das vendas da marca Citroën. Na Europa, a faturação do Grupo PSA ascendeu aos 1.678 milhões de euros, em linha com o primeiro semestre de 2018.

Mas o mercado asiático, nomeadamente na China, continua a representar um desafio para a gestão de Carlos Tavares. As receitas da PSA no mercado chinês tombaram 60,7% este semestre por comparação com os primeiros seis meses do ano passado, e a quota de mercado caiu de 1,1% para 0,5%.

A PSA tem por objetivo atingir o breakeven no mercado chinês em 2019, reduzindo os custos de operação e lançar uma “ofensiva elétrica” no segundo semestre do ano, com cinco modelos elétricos e híbridos.

Acompanhando a tendência do setor, a PSA está a eletrificar as suas viaturas, pretendendo desenvolver a tecnologia para atingir as metas das emissões de CO2 em 2025, ano em que pretende ter as gamas comerciais e veículos de passageiros 100% eletrificadas. Carlos Tavares disse que a empresa está “no limiar da eletrificação” e que está preparada “para enfrentar os próximos desafios tecnológicos”.

Em 2019 e 2020 a PSA vai lançar no mercado sete elétricos (a bateria, os denominados battery eletric vehicle) e sete híbridos (plug-in electric vehicles).

As acções da Peugeot estão a valorizar para 23,26 euros em Paris.

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